28 de abril - Dia da Educação

Há lugar para ideologia na Educação? Por Vivian Bonani e Marcio Girotti

Nunca se ouviu dizer tanto sobre ideologia quando da posse do novo governo brasileiro. Você deve ter acompanhado, em campanha eleitoral, que os diferentes partidos, incitaram discursos sobre os aspectos ideológicos, como por exemplo, ideologia de gênero, escola sem partido, ideologia de esquerda, ideologia marxista e suas presenças nas escolas. Para além do debate desse conceitos, paradigmas e princípios que giram em torno dessas concepções ideológicas, devemos nos perguntar duas coisas: o que é ideologia? Há lugar para ideologia em sala de aula? Qual o papel da Escola ao pensar e/ou abordar a ideologia?

Partindo de uma análise da obra de Antonio Joaquim Severino, grande pesquisador brasileiro da filosofia da educação, em seu texto "Educação e Ideologia", da obra "Filosofia da Educação: construindo a cidadania", buscamos refletir acerca da ideologia social e a ideologia escolar, nesses termos: Se a escola reproduz a sociedade, ela reproduz a(s) ideologia(s) social(ais), sendo, portanto, ideológica; agora, se a escola se fecha em si mesma, em seus próprios ideais, ela também se torna ideológica. Então, como é possível tornar a escola não ideológica? Uma vez que, sendo uma instituição presente dentro da sociedade, ela está sob leis e sob a organização do Estado, ou seja, não pode ser neutra aos fatos sociais, e não escapa à ideologia. Vamos pensar em um exemplo de reprodução da ideologia social? O incentivo ao consumo exagerado sem necessidade em vista da manutenção do sistema do capital: a troca de um aparelho celular mais moderno, mesmo que o atual funcione perfeitamente, mas, se não o trocar, fica-se desatualizado. Vejamos...

Respondendo à primeira questão, ideologia pode ser explicada de duas formas: 1 - ideologia é um conjunto de ideias; 2 - ideologia é uma imposição de ideias. Das duas formas, a ideologia é algo a ser seguido ou um modelo a ser imposto. Reportando ao início de nossa conversa, a campanha eleitoral que venceu as eleições trouxe à tona o pensar sobre a Ideologia. Nossa sociedade passou a ouvir sobre ideologia, sem entender do que se trata, ou buscando aprofundar sobre o assunto.

De uma maneira geral, as (in)compreensões sobre o que é ideologia, fez surgir dois grupos, de um lado, um grupo de pessoas mais intelectual, que compreende os princípios ideológicos, e defende um posicionamento crítico sobre ideologia, ou seja, é preciso manter um discurso ideológico para manter a reflexão sobre; por outro lado, um povo mais aculturado ou marginalizado, que por não ter acesso devido à informação ou conhecimento apurado, segue e grita a favor do contrário: se submete à ideologia sem saber o que é, e sem saber o porquê.

Há uma dicotomia para o grupo que está alinhado ao discurso de direita, pois a ideologia lhe convém, a fim de esmagar aqueles que trabalham para ele, e esses, que estão submetidos a ideologia, e que não conseguem escapar dela, já que não tem a consciência dessa submissão ideológica, permanece alienado ao status quo.

Articulando nossa segunda e terceira questão, e o papel da escola? Muito se falou de escola sem partido, ao não trazer à tona o ensino sobre diversidade, ideologia de gênero, entre outras coisas. Como dissemos, há um paradoxo: como tornar a escola não ideológica, se ela deve reproduzir a sociedade para ensinar, mas também precisa se fechar em âmbito escolar-educacional para instruir? De uma forma ou de outra, ela é ideológica!

Vamos pensar? A escola precisa reproduzir a sociedade para formar o indivíduo ao mesmo tempo em que ela precisa tomar seu conteúdo catedrático e formador para construir um indivíduo que possa compreender o mundo onde vive. Assim, a escola, querendo escapar da ideologia precisa descortinar a ideologia, tirar o véu, desmascarar a ideologia, a fim de ensinar o seu alunado de que: há sim uma ideologia, em que todos a ela estão subordinados, pois há uma imposição de ideias. Mas, tendo consciência dessa ideologia, o indivíduo pode não se submeter a ela, e fazer a crítica social, transformar a sociedade, construir cultura e novas ideologias. O papel da escola deve ser de formador, isso implica ser formadora de opinião e permitir a crítica sobre as ideias, permitir a reflexão e deixar a cargo do indivíduo a sua compreensão de mundo.


Vivian Bonani de Souza Girotti

Mestre em Psicologia

(Graduada e Mestre em Psicologia pela Unesp, Psicopedagoga, Professora Universitária e Psicóloga Clínica)

Marcio Tadeu Girotti

PhD em Filosofia

(Graduado e Mestre e Filosofia pela UNESP, Doutor em Filosofia pela UFSCar, e Pós-doutorado em Filosofia pela UFU. Professor Universitário, Editor e Redator)

O que é a Piracema?

ISRAEL FOGUEL (Escritor e jornalista Mtb 50.147)


A piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo. A palavra vem do tupi e significa "subida do peixe". O processo recebe esse nome porque, todos os anos, eles nadam rio acima para realizar a desova.

Durante a piracema, os peixes nadam contra a correnteza. Esse processo é extremamente importante para o sucesso reprodutivo, uma vez que o esforço físico aumenta a produção de hormônios e causa a queima de gordura. Os testículos dos peixes machos nesse período aumentam de tamanho, ficando repletos de sêmen.

No momento da fecundação, que ocorre externamente, a fêmea lança óvulos na água, enquanto o macho lança os espermatozoides diretamente sobre eles. Após esse momento, os peixes descem novamente o rio. Vale destacar que ovos e larvas também fazem a viagem no sentido contrário ao da piracema enquanto amadurecem. No nosso país, esse processo ocorre nas épocas de chuvas de verão, que causam o aumento do nível dos rios. Nessa época também ocorre um aumento da temperatura da água e do ar.

Um grande obstáculo à piracema é a presença de barragem. Os peixes, ao tentarem subir o rio, encontram esse obstáculo e, muitas vezes, ferem-se gravemente, além de ficarem muito exaustos. É nesse momento que muitos predadores se fartam de alimento. Mesmo quando os peixes conseguem se reproduzir, as larvas e ovos não conseguem sobreviver nos reservatórios. Além disso, há as turbinas que podem causar a morte tanto dos peixes quanto dos ovos e larvas.

Vale destacar que, geralmente, as barragens apresentam sistemas para a transposição de peixes com a finalidade de diminuir os impactos relatados. Esses sistemas consistem normalmente em uma espécie de escada que facilita a subida e descida dos peixes. Essa escada foi bastante útil nos países do Hemisfério Norte, entretanto, nos países da América do Sul, não teve tanto sucesso.

Pesquisas sugerem que a escada para peixes poderia favorecer a extinção desses animais, pois cardumes inteiros seriam atraídos para locais relativamente pobres. Alguns pesquisadores concluíram que, em algumas dessas barragens, os peixes sobem o rio, porém não descem. Isso porque o ambiente pós-barragem não é adequado para desova e nem para o desenvolvimento de alevinos.

Importante! Durante o fenômeno da piracema, a pesca é geralmente proibida por lei, uma vez que os grandes cardumes encontram-se no seu período de reprodução. A captura de grande quantidade desses peixes nesse período pode ocasionar uma diminuição da população de uma determinada espécie. Vale lembrar que o desrespeito à lei pode ocasionar multa e apreensão do material pescado, portanto, antes de arrumar seus apetrechos e curtir uma pescaria, informe-se a respeito das espécies que podem ser capturadas, certificando-se de que não estão em fase reprodutiva.

DIA DA PIRACEMA - FERIADO MUNICIPAL

Em 1967, por decisão do prefeito Fausto Victorelli foi instituído, por meio de um decreto, o feriado municipal do Dia da Piracema. Pirassununga é o único município brasileiro a festejar o Dia da Piracema com um feriado municipal. Em muitos municípios, o dia 8 de dezembro é feriado.

Nesse dia, os católicos celebram o Dia de Nossa Senhora Conceição, a exemplo de Campinas e Piracicaba, apenas para citar algumas cidades da região.

Em Pirassununga, a origem do Dia da Piracema surgiu há mais de 80 anos em Cachoeira de Emas, a partir de uma manifestação de fé em louvor à Nossa Senhora da Conceição, que os moradores daquele pequeno povoado promoviam. Enquanto na singela capelinha de pau a pique os fiéis louvavam a padroeira do lugar, ali, bem ao lado, nas corredeiras do rio Mogi Guaçu, a subida dos cardumes saltando por entre as pedras, na região da topava, chamava a atenção de todos. Cumpridas as obrigações religiosas, não havia quem não se maravilhasse com aquele espetáculo de renovação da vida no rio Mogi Guaçu.

Boca a boca a notícia se espalhou. E a cada ano, no dia 8 de dezembro, os devotos de Nossa Senhora da Conceição e muitos curiosos ali passaram a se reunir em número cada vez maior. Se alguns vinham para rezar e agradecer as bênçãos recebidas, outros vinham para contemplar a "rodada dos peixes", como era chamada. Havia tantos dourados e curimbatás, que eles podiam ser pegos com as mãos, com sacos de estopa ou com guarda-chuvas abertos, à espera dos saltos que os peixes davam nas proximidades da barragem.

Com o passar dos anos, aquela mobilização em torno da fé do pequeno povoado deu visibilidade ao espetáculo da vida no rio Mogi Guaçu e colocou Cachoeira de Emas no roteiro turístico regional, como um dos mais visitados recantos do interior paulista.

No calendário oficial do país não existe o "Dia Estadual da Piracema" ou "Dia Nacional da Piracema", mesmo porque o fenômeno não ocorre numa data específica. O período de reprodução dos peixes ocorre, segundo os pesquisadores, entre os meses de outubro março, aproximadamente. Ao instituir o feriado do Dia da Piracema em 1967, o Poder Executivo inseriu Cachoeira de Emas no mapa turístico de Estado de São Paulo. Foi o primeiro ato oficial a apontar o potencial turístico de Pirassununga como uma de nossas principais vocações.

Em toda a extensão do rio Mogi-Guaçu, que nasce no Sul de Minas Gerais e desemboca no Rio Pardo, na divisa dos municípios de Pontal, Pitangueiras e Morro Agudo, o espetáculo da subida dos cardumes tem a sua maior vitrine em Cachoeira de Emas, onde o rio tem o seu principal ponto turístico. Lamentavelmente, a poluição desmedida e a falta de uma fiscalização ostensiva empobrecem cada vez mais a vida no rio, prejudicando, quantitativa e qualitativamente, a essência e a beleza desse espetáculo, onde, por volta do ano de 1625, os índios, quando ali chegaram, e maravilhados com a enorme quantidade de peixes que encontraram, deram ao local o nome de "pira çunun ga", o "lugar onde o peixe ronca, faz barulho, rumoreja".

Ao longo desses anos, de acordo com visão e o interesse de cada governante, a Festa da Piracema vem sendo marcada por inúmeros acontecimentos.

Nos anos 60, a "Festa das Nações", que era realizada em frente à Escola "Eloy Chaves", marcou época. Em diferentes gestões, shows musicais, competições de caiaque, campeonatos de pesca, plantio de árvores, repovoamento de alevinos, entre outras ações, comemoraram o Dia da Piracema. Em 2005 foi criada a FENACEMA - Festa Nacional da Piracema. Com recinto fechado e sem a cobrança de ingressos, o evento trouxe um novo conceito de entretenimento ao introduzir o festival gastronômico com ênfase ao peixe, com pratos típicos de diversas regiões brasileiras, parque de diversões, shows com grandes nomes da música brasileira, entre outros atrativos.

A FENACEMA também incluiu o "Festival Folclórico" e a "Parada da Piracema", com o desfile das famílias pioneiras que chegaram ao distrito, alunos da EE "Eloy Chaves" e pescadores da Colônia Z-25. A Festa Nacional da Piracema também resgatou em sua segunda edição, em 2006, uma tradição que havia sido interrompida, a "Festa à Iemanjá", hoje denominada de "Louvação à Iemanjá", sob a coordenação espiritual do Templo de Umbanda Caboclo Tupinambá e Vovô João de Angola, de Pirassununga, cuja devoção no sincretismo refere-se a Nossa Senhora Conceição Aparecida, também festejada no dia 8 de dezembro.

A festa em louvor à Nossa Senhora Imaculada Conceição, padroeira de Cachoeira de Emas, continua sendo um dos mais significativos acontecimentos do distrito. Nos anos anteriores, no dia 8 de dezembro, procissões fluviais eram realizadas entre Porto Ferreira e Pirassununga, em parceria com a Associação dos Canoeiros do Vale do Mogi-Guaçu, com sede naquele município.

A imagem de Nossa Senhora era acolhida festivamente na "prainha" por fiéis e turistas, seguida de procissão e missa campal na capelinha histórica.

Nos restaurantes, bares e chalés, os turistas saboreiam uma das mais deliciosas peixadas. O artesanato e uma grande diversidade de produtos estão à disposição dos visitantes no Centro Comercial "Eunice Rosa". Tem também os passeios de barco, onde os visitantes têm a chance de conhecer os ranchos pesqueiros e o pouco do que restou da mata ciliar

Texto extraído do livro "Cachoeira de Emas: Lindo recanto de amores", de autoria de Israel Foguel, que será lançado em 2019

Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra comemorado em 20 de novembro em todo o país. A data homenageia Zumbi, um africano que nasceu livre, mas foi escravizado aos seis anos de idade. Mais tarde ele voltaria para sua terra natal e seria líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695.

O objetivo do Dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil. Também serve para analisarmos o impacto que tiveram no desenvolvimento da identidade cultural brasileira.

A música, a política, a religião e a gastronomia entre várias outras áreas foram profundamente influenciadas pela cultura negra. Este é um dia de comemorar e valorizar a cultura afro-brasileira.

A data foi criada em 2003 como efeméride (fato importante ou grato ocorrido em determinada data) incluída no calendário escolar - até ser oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Cerca de mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro através de decretos estaduais.

Em estados que não aderiram à lei a responsabilidade é de cada câmara de vereadores, que decide se haverá o feriado no município. 

Para essa homenagear apresentamos a história de Virgínia Bicudo, a primeira negra que tratou sobre relações raciais no Brasil 

Virgínia Leone Bicudo (São Paulo, 1915-2003) foi uma socióloga e psicanalista brasileira. Sendo a primeira não médica a ser reconhecida como psicanalista, se tornando essencial para construção e institucionalização da psicanálise no Brasil. No campo da Sociologia foi pioneira ao tratar do estudo das relações raciais como assunto de sua dissertação de mestrado em 1945.

Paulistana, filha de uma imigrante italiana branca e de um brasileiro negro, neta de uma escravizada alforriada, foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina e uma das primeiras professoras universitárias negras no Brasil. Na Escola Normal da Capital, conclui o curso e retira o seu diploma de habilitação para o magistério público no estado de São Paulo (1930). Depois, fez o curso de educação sanitária no Instituto de Higiene de São Paulo (1932). Após o curso tornou-se funcionária da Diretoria do Serviço de Saúde Escolar do Departamento de Educação, ministrando aulas de higiene em escolas do estado de São Paulo, onde veio a interessar-se pela Sociologia. Iniciou o curso de Ciências Sociais na Escola Livre de Sociologia e Política (1936). 

Em 1939, Virgínia teve contato com a psicanalista alemã Adelheid Koch, que veio para o Brasil com o início da 2ª Guerra Mundial. Através dela começa seu interesse pela psicanálise, depois ampliado pela formação e contato com o médico e psicanalista Durval Marcondes. Após realizou seu mestrado em Sociologia pela Escola Livre de Sociologia e Política sob orientação de Donald Pierson (1945), sua dissertação intitulada como "Estudo de atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo", sendo este o primeiro trabalho de pós-graduação em Ciências Sociais no Brasil a tratar de relações raciais. Recentemente sua dissertação foi republicada e tem como mérito a recusa de formulações raciais de cunho biológico para se pensar a raça como categoria social

Em 1945, tornou-se professora-assistente da cadeira de higiene mental da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E em 1949, Virgínia foi convidada para integrar a equipe do Projeto Unesco em São Paulo, que visava realizar diversas pesquisas sobre as relações raciais. O projeto era coordenado por Roger Bastide e Florestan Fernandes. Com o intuito de auxiliar pais e educadores na compreensão das necessidades emocionais da criança em seu desenvolvimento. Virgínia lançou projetos como: o programa de rádio "Nosso Mundo Mental", a publicação textos no jornal Folha da Manhã. Em 1955, baseados nessa experiência sai seu livro, Nosso mundo mental. 

Em 1954, Virgínia foi contratada pelo Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Posteriormente, iniciou uma temporada de estudos psicanalíticos em Londres (1955). Além dos cursos na Tavistock Clinic e da formação na British Society, Virgínia tem contato e estuda com os analistas mais significativos da época: Melanie Klein, Winnicott, Bion e Anna Freud. 

Por fim, constituiu a sede de Brasília do Instituto de Psicanálise da SBPSB ( 1970), que gerou a Sociedade de Psicanálise de Brasília (1994).

Faleceu em São Paulo, em 2003, aos 88 anos.

Referências:

https://memoria.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/1137397
https://www.spbsb.org.br/site/index.php/spbsb/historico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Virgínia_Leone_Bicudo
https://www.ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/13291/mulheres-marcantes-virginia-leone-bicudo-19102003
https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352011000100006


Fonte: Enegrecer - Coletivo Negro USJT

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA -15 NOVEMBRO,1889
BRASIL COLÔNIA

Por Israel Foguel (Escritor e Jornalista) 

A Colonização do Brasil, processo também conhecido como Brasil Colônia ou Brasil colonial, ocorreu no período colonial entre os séculos XVI e XIX, em que o território brasileiro era uma colônia do império ultramarino português.

Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil no dia 22 de abril de 1500. Martim Afonso de Souza foi o pioneiro na colonização do Brasil.

Ciclo do pau-brasil (1500 a 1530)

Chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500; Portugueses começam a extrair o pau-Brasil da região litorânea, usando mão-de-obra indígena. A madeira era comercializada na Europa; Os portugueses construíram feitorias no litoral para servirem de armazéns de madeira; Nesta fase os portugueses não se fixaram, vinham apenas para explorar a pau-Brasil e retornavam; Época marcada por ataques estrangeiros (ingleses, franceses e holandeses) à costa brasileira.

Ciclo do açúcar (1530 até século XVII)

Em 1530 chega ao Brasil a expedição de Martim Afonso de Souza com objetivo de dar início a colonização do Brasil e iniciar o cultivo da cana-de-açúcar; A região Nordeste é escolhida para o cultivo da cana-de-açúcar em função do solo e clima favoráveis; Em 1534 a Coroa portuguesa cria o sistema de Capitanias Hereditárias para dividir o território brasileiro, facilitando a administração. O sistema fracassou e foi extinto em 1759; Em 1549 foi criado pela coroa portuguesa o Governo-Geral, que era uma representação do rei português no Brasil, com a função de administrar a colônia; capital do Brasil é estabelecida em Salvador(1549-1763). A região nordeste torna-se a mais próspera do Brasil em função da economia impulsionada pela produção e comércio do açúcar; Nos engenhos de açúcar do Nordeste é usada a mão-de-obra escrava de origem africana; Invasão holandesa no Brasil entre os anos de 1630 e 1654, com a administração de Maurício de Nassau. Nos séculos XVI e XVII, os bandeirantes começaram a explorar o interior do Brasil em busca de índios, escravos fugitivos e metais preciosos. Com isso, ampliam as fronteiras do Brasil além do Tratado de Tordesilhas.

Ciclo do ouro (século XVIII)

Em meados do século XVIII começam a serem descobertas as primeiras minas de ouro na região de Minas Gerais; O centro econômico desloca-se para a região Sudeste; A mão-de-obra nas minas, assim como nos engenhos, continua sendo a escrava de origem africana; A Coroa Portuguesa cria uma série de impostos e taxas para lucrar com a exploração do ouro no Brasil. Entre os principais impostos estava o quinto; Grande crescimento das cidades na região das minas, com grande urbanização, geração de empregos e desenvolvimento econômico; capital é transferida para cidade do Rio de Janeiro (1763-1815). No campo artístico destaque para o Barroco Mineiro e seu principal representante: Aleijadinho; 16 de dezembro de 1815 - Elevação do Estado do Brasil à condição de reino unido a Portugal e Algarves.

BRASIL IMPÉRIO

A história começa com a Independência do Brasil, quando o Brasil deixou de fazer parte do Império Português.

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro tomou conhecimento de ordens vindas da corte portuguesa para que ele abandonasse o Brasil e fosse para Portugal ou então seria acusado de traição, com isso irritado bradou Independência ou Morte! e assim desligou o Brasil de Portugal definitivamente. Em 12 de outubro de 1822, foi aclamado "Imperador Constitucional" e "Defensor Perpétuo do Brasil". Em 1º de dezembro do mesmo ano, realizou-se a cerimônia de Coroação e Sagração.

No dia 3 de março de 1823, a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil iniciou sua legislatura com o intento de realizar a primeira Constituição Política do país. No mesmo dia, dom Pedro I discursou para os deputados reunidos, deixando clara a razão de ter afirmado durante sua coroação no final do ano anterior que a Constituição deveria ser digna do Brasil e de si. A primeira Constituição brasileira foi então promulgada por Dom Pedro I e solenemente jurada na Catedral do Império, no dia 25 de março de 1824.Na madrugada do dia seguinte, 7 de abril de 1831, D Pedro I (morreu com 36 anos) abdicou do trono brasileiro em nome de seu filho de cinco anos, Pedro de Alcântara.

Segundo Reinado (1840-1889)

Com 15 anos incompletos, o imperador Pedro II iniciou o seu reinado em 23 de julho de 1840; 1841 - D. Pedro II é coroado imperador do Brasil; 1844 - Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as manufaturas brasileiras; 1850 - Lei Eusébio de Queiróz: fim do tráfico de escravos; 1862 e 1865 - Questão Christie - rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Grã-Bretanha; 1864 a 1870 - Guerra do Paraguai - conflito militar na América do Sul entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com o apoio do Reino Unido. Em 1870 é declarada a derrota do Paraguai; 1870 - Fundação do Partido Republicano Brasileiro; 1871 - Lei do Ventre Livre: liberdade aos filhos de escravas nascidos a partir daquela data; 1872 a 1875 - Questão Religiosa: conflito pelo poder entre a Igreja Católica e a monarquia brasileira; 1875 - Começa o período de imigração para o Brasil. Italianos, espanhóis, alemães e japoneses chegam ao Brasil para trabalharem na lavoura de café e nas indústrias, 1882 - Início do Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos principais produtores e exportadores de borracha do mundo; 1884 a 1887 - Questão Militar: crise política e conflitos entre a Monarquia Brasileira e o Exército; 1885 - Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade; 1888 - Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel: abolição da escravidão no Brasil; 1889 - Proclamação da República no Brasil em 15 de novembro. Fim da Monarquia e início da República.

Em 1870, com o final da Guerra do Paraguai, as divergências políticas se acirraram e o surgimento do Partido Republicano neste ano deu início à decadência política do Império. Em 1887, apesar dos problemas de saúde, fez a sua última viagem ao exterior como imperador, onde visitou a França, Alemanha e Itália. Em Milão, chegou a ficar por um período internado devido a uma pleurisia. Pleurisia é a inflamação das pleuras, tecidos que revestem os pulmões.

Com a proclamação da República em 15 de Novembro de 1889, d. Pedro II ficou prisioneiro no paço da Cidade, para onde foi ao sair de Petrópolis, numa tentativa frustrada de sufocar o movimento. Com a decretação de que teria que sair do país em 24 horas pelo governo provisório, D. Pedro 2° deixou o Brasil e foi para Portugal com a família dois dias depois, chegando em Lisboa e depois indo em direção ao Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28 de dezembro.

Na Europa, viveu em Cannes, Versalhes e Paris, onde participa de palestras, conferências e espetáculos de arte. Aos 66 anos, morre de pneumonia em um hotel em Paris, no dia 5 de dezembro de 1891. Seu corpo foi transladado para Lisboa, onde foi colocado no convento de São Vicente de Fora, juntamente com o de sua esposa. Em 1920, os restos mortais do imperador vieram para o Brasil, tendo sido depositados na catedral do Rio de Janeiro e depois transferidos para a catedral de Petrópolis, onde se encontram sepultados.

BRASIL REPÚBLICA

A História da República Brasileira iniciou-se em 1889 com a Proclamação da República e acompanhou todo o período posterior, até o século XXI. A difusão dos ideais republicanos remonta ao período colonial, como durante a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, no final do século XVIII. Apesar dos ideais e das revoltas buscarem a superação da monarquia, apenas no final do século XIX, com o fim do escravismo, as elites agrárias do país aceitaram organizar o Estado brasileiro nos moldes republicanos.

O fato de a República nascer como uma aceitação das elites e ter sido realizada através da espada do exército brasileiro conformou um caráter autoritário e excludente do Estado brasileiro, garantindo os privilégios das classes dominantes e a negação de direitos às classes exploradas durante muito tempo. A participação do exército na vida política nacional foi também uma constante da história republicana do país.

Nascido na cidade de Alagoas da Lagoa do Sul, em Alagoas, no dia 5 de agosto de 1827, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República do Brasil, em 15 de novembro de 1889. A proclamação aconteceu devido ao descontentamento do Exército Brasileiro com o regime monárquico, que não promovia mudanças sociais para o progresso do país.

Na época, o Imperador D. Pedro II enfrentava problemas de saúde e vinha se afastando das decisões políticas. Por consequência, os revoltos populares ganharam força, e a partir da fraqueza da monarquia surgiu a oportunidade do Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos militares, assumir provisoriamente a gestão política do Brasil.

O governo de Deodoro foi marcado pela instabilidade política, econômica e centralização do poder. O fechamento do Congresso Nacional Brasileiro resultou na renúncia do cargo.

Marechal Deodoro da Fonseca morreu no Rio de Janeiro, em agosto de 1892, em decorrência de uma forte dispneia, "falta de ar", que sofria constantemente e o impedia de dormir. Foi presidente do Brasil de 15/11/1889 a 23/11/1891.

A primeira constituição republicana estabelecia que as eleições no Brasil seriam diretas e que o presidente e seu vice seriam eleitos pelo voto popular. Entretanto, determinava também que, em caráter excepcional, o primeiro presidente e o primeiro vice seriam eleitos indiretamente, isto é, pelo Congresso Nacional. Foi o que aconteceu. 

No dia seguinte à promulgação da Constituição, o Congresso elegeu de forma indireta os marechais Deodoro da Fonseca para presidente e Floriano Peixoto para vice-presidente. O governo do Marechal deveria terminar em 1894, mas o período registrou sérios problemas políticos e econômicos. Ministro da Fazenda Rui Barbosa.

Ao mesmo tempo crescia no meio militar a influência de Floriano Peixoto, que também fazia oposição a Deodoro juntamente com as forças legalistas que levaram à renúncia de Deodoro da Fonseca em 23 de novembro de 1891. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 23 de agosto de 1892.

 PRESIDENTES DO BRASIL

1 - Marechal Deodoro da Fonseca - 15/11/1889 - 23/11/1891

2 - Floriano Peixoto - 23/11/1891 - 15/11/1894

3 - Prudente de Morais - 15/11/1894 - 15/11/1898

4 - Campos Sales - 15/11/1898 - 15/11/1902

5 - Rodrigues Alves - 15/11/1902 - 15/11/1906

6 - Afonso Pena - 15/11/1906 - 14/06/1909

7 - Nilo Peçanha - 14/06/1909 - 15/11/1910

8 - Hermes da Fonseca - 15/11/1910 - 15/11/1914

9 - Venceslau Brás - 15/11/1914 - 15/11/1918

1918 - Rodrigues Alves (morreu antes de tomar posse)

10 - Delfim Moreira - 15/11/1918 - 28/07/1919

11 - Epitácio Pessoa - 28/07/1919 - 15/11/1922

12 - Artur Bernardes - 15/11/1922 - 15/11/1926

13 - Washington Luís - 15/11/1926 - 24/10/1930

1930 - Júlio Prestes (eleito, mas não assumiu)

Junta Provisória Militar de 1930 - 24/10/1930 - 03/11/1930

14 - Getúlio Vargas - 03/11/1930 - 29/10/1945

15 - José Linhares - 29/10/1945 - 31/01/1946

16 - Eurico Gaspar Dutra - 31/01/1946 - 31/01/1951

17 - Getúlio Vargas - - 31/01/1951 - 24/08/1954

18 - Café Filho - 24/08/1954 - 8/11/1955

19 - Carlos Luz - 08/11/1955 - 11/11/1955

20 - Nereu Ramos - 11/11/1955 - 31/01/1956

21 - Juscelino Kubitschek - 31/01/1956 - 31/01/1961

22 - Jânio Quadros - 31/01/1961 - 25/08/1961

23 - Ranieri Mazzilli - 25/08/1961 - 07/07/1961

24 - João Goulart - 07/07/1961 - 01/04/1964

25 - Ranieri Mazzilli - 02/04/1964 - 15/04/1964

26 - Castelo Branco - 15/04/1964 - 15/03/1967

27 - Costa e Silva - 15/03/1967 - 31/08/1969

Junta Governativa Provisória 31/08/1969 - 30/10/1969

28 - Emilio Médici - 30/10/1969 - 15/03/1974

29 - Ernesto Geisel - 15/03/1974 - 15/03/1979

30 - João Figueiredo - 15/03/1979 - 15/03/1985

1985 - Tancredo Neves (morreu antes de tomar posse)

31 - José Sarney - 15/03/1985 - 15/03/1990

32 - Fernando Collor - 15/03/1990 - 29/12/1992

33 - Itamar Franco - 29/12/1992 - 01/01/1995

34 - Fernando Henrique Cardoso - 01/01/1995 - 01/01/2003

35 - Luís Inácio Lula da Silva - 01/01/2003 - 01/01/2011

36 - Dilma Rousseff - 01/01/2011 - 12/05/2019

37 - Michel Temer - 12.05.2016 -31.12.2018

38 - Jair Messias Bolsonaro - 01.12.2019

O plebiscito de 1993 (para determinar a forma de governo do país) mostrou que há sólida maioria favorável à República, apesar das trapalhadas do regime.

No monárquico é de Pai para filho

O Republicano o voto é feito pelas pessoas.

Monarquia - o poder vem de um rei, ou monarca. O poder é sucessório, de pai para filhos, irmãos. etc. .

No regime monárquico há 4 poderes: legislativo, judiciário, executivo e moderador;

Na república 3: legislativo, judiciário e executivo

Diferenças entre República e Monarquia

República: tipo de governo onde há uma ou mais pessoas que exercem o poder supremo por tempo determinado.

Monarquia: um estado que a organização política estabelece a existência de um só governante, normalmente sob o regime de governo hereditário, ou seja, de pai para filho.

A maior diferença encontrada entre monarquia e a república, é que na república o poder é exercido por meio de votos e é por tempo determinado, e a monarquia é por tempo indeterminado e o poder é exercido por hereditariedade.

República

A República está sendo questionada em vários países, pois não tem solucionado seus problemas. Haja vista que, das 165 repúblicas atuais, só 11 mantêm regime democrático há mais de 20 anos.

O Presidente tem quatro anos para elaborar e executar o seu projeto de governo, cujo alcance é forçosamente limitado.

No parlamentarismo republicano, o Presidente é eleito e sustentado por conchavos de partidos e grupos econômicos, e tende a ter posição facciosa.

O Presidente se elege com o apoio de partidos políticos e depende de grupos econômicos, que influem nas suas decisões, em detrimento das reais necessidades do povo e do país.

O Presidente não é educado para o cargo. Não raro, surge como resposta aos interesses de um partido. É como um passageiro de avião, que é eleito pelos demais para pilotar a aeronave, sem que para isto esteja habilitado.

O Presidente pensa nas futuras eleições.

O Presidente quer executar o seu próprio projeto e, com frequência, interrompe as obras dos antecessores. Em geral, não consegue completar os projetos iniciados por ele, que serão igualmente abandonados por seu sucessor.

Monarquia

Reino Unido é a mais importante monarquia na atualidade

A Monarquia é uma forma de governo moderna e eficiente. Das 12 economias mais fortes do mundo atual, 8 são monarquias.

O Monarca, sendo vitalício, pode inspirar e conduzir um projeto nacional, com obras de longo alcance e longo prazo.

Se tivéssemos mantido a Monarquia, os sucessores de D. Pedro II, até agora, teriam sido apenas três.

Na Monarquia, o Monarca é um amigo e aliado do seu Primeiro Ministro.

O Monarca não está vinculado a partidos nem depende de grupos econômicos, por isso pode influir, com maior independência, nos assuntos de Estado, visando o que é melhor para o país.

O Monarca é educado desde criança para reinar com honestidade, competência e nobreza, e durante toda a vida acompanha os problemas do país e colabora em sua solução, com independência política e partidária.

O Monarca pensa nas futuras gerações.


Texto extraído do livro "Brasil: Colônia, Império e República, de autoria de Israel Foguel, Editora Agbook, 2015.

Contatos do autor: israel.foguel@gmail.com - (19) 99642-1008


Sobre o luto - 2 de Novembro

Por Clarrisa Cabianca Ramos

Hoje, 2 de novembro, comemoramos o Dia de Finados. A celebração é muito importante para algumas religiões, principalmente para os católicos, pois se presta homenagem a todos os entes que já morreram.

A escolha da data oficial só foi feita mesmo no século 13. Os responsáveis pela Igreja escolheram o dia por suceder o Dia de Todos os Santos, comemorado em 1º de novembro.

Esse feriado religioso nacional existe na sociedade brasileira devido a questões históricas e cultura, pois o Brasil, governado por Portugal, trazia a forte influência dos líderes católicos, e devido a tradição perdura em nosso calendário até hoje!

Neste dia é costume visitar as sepulturas de pessoas queridas prestando homenagens por meio de orações, acendendo velas ou mesmo enfeitando seus túmulos com flores.

Segundo Parkes - psiquiatra e estudioso da natureza dos vínculos e das perdas - "para a maioria das pessoas, o amor é a fonte de prazer mais profunda da vida, ao passo que a perda daqueles que amamos é a mais profunda fonte de dor. Portanto, amor e perda são duas faces da mesma moeda. Não podemos ter um sem nos arriscar ao outro"  (ParKes, p.11, amor e perda)


Todos nós iremos nos enlutar um dia, ou já nos enlutamos!

O luto ocorre quando perdemos um ente querido, e é um processo em que a pessoa vai elaborar a morte da pessoa amada. O luto é uma resposta multidimensional diante de uma perda. Ela engloba as dimensões emocional, física, cognitiva, espiritual e social. Reações que muitas são interpretadas como sintomas e entendidas como doença.

A sua resolução se dá quando ela consegue seguir em frente com a sua vida, ou seja, reconstruir sua vida sem a presença do falecido.

Muitas vezes trata-se de um processo doloroso e é importante que seja compreendido sem julgamentos, como um processo normal, mas que pode em algumas situações evoluir para um luto complicado, necessitando do auxílio de pessoas capacitadas.

Vale lembrar respeitarmos o tempo que cada um tem para atravessar o luto, sempre com amor, esperança e cuidados em todas nossas intervenções!


Clarissa Cabianca Ramos é psicóloga hospitalar, faz parte da equipe de cuidados paliativos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.

Voto branco x voto nulo: saiba a diferença e para 'onde vão'

Apesar de o voto no Brasil ser obrigatório, o eleitor, de acordo com a legislação vigente, é livre para escolher o seu candidato ou não escolher candidato algum. Ou seja: o cidadão é obrigado a comparecer ao local de votação, ou a justificar sua ausência, mas pode optar por votar em branco ou anular o seu voto.

Mas qual é a diferença entre o voto em branco e o voto nulo?

Voto em branco

De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Antes do aparecimento da urna eletrônica, para votar em branco bastava não assinalar a cédula de votação, deixando-a em branco. Hoje em dia, para votar em branco é necessário que o eleitor pressione a tecla "branco" na urna e, em seguida, a tecla "confirma".

Voto nulo

O TSE considera como voto nulo aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto. Para votar nulo, o eleitor precisa digitar um número de candidato inexistente, como por exemplo, "00", e depois a tecla "confirma".

Antigamente como o voto branco era considerado válido (isto é, era contabilizado e dado para o candidato vencedor), ele era tido como um voto de conformismo, na qual o eleitor se mostrava satisfeito com o candidato que vencesse as eleições, enquanto que o voto nulo (considerado inválido pela Justiça Eleitoral) era tido como um voto de protesto contra os candidatos ou contra a classe política em geral.

Votos válidos

Atualmente, vigora no pleito eleitoral o princípio da maioria absoluta de votos válidos, conforme a Constituição Federal e a Lei das Eleições. Este princípio considera apenas os votos válidos, que são os votos nominais e os de legenda, para os cálculos eleitorais, desconsiderando os votos em branco e os nulos.

A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988 que diz: "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos".

Ou seja, os votos em branco e os nulos simplesmente não são contados. Por isso, apesar do mito, mesmo quando mais da metade dos votos forem nulos, não é possível cancelar uma eleição.

Como é possível notar, os votos nulos e brancos acabam constituindo apenas um direito de manifestação de descontentamento do eleitor, não tendo qualquer outra serventia para o pleito eleitoral, do ponto de vista das eleições majoritárias (eleições para presidente, governador e senador), em que o eleito é o candidato que obtiver a maioria simples (o maior número dos votos apurados) ou absoluta dos votos (mais da metade dos votos apurados, excluídos os votos em branco e os nulos).

Por outro lado, os votos em branco ou nulos impactam na diminuição da quantidade de votos válidos. A conta não é complicada de fazer: quanto mais votos nulos ou brancos, menos votos válidos um candidato precisará receber para ser eleito.

Com informações do TSE 


O que é esperado para o 2º Turno? 

O segundo turno das Eleições 2018 será no domingo dia 28 de outubro e os eleitores poderão votar entre às 8h e às 17h.

O primeiro turno das Eleições 2018 no Brasil aconteceu no domingo, dia 07 de outubro. No segundo turno das Eleições de 2018 os brasileiros vão eleger ocupantes para os cargos de: Presidente da República e alguns governadores estaduais.

O segundo turno acontece, segundo a lei eleitoral, apenas quando nenhum dos candidatos atinge mais de 50% dos votos válidos, e somente nos municípios com mais de 200 mil habitantes.

No 2º turno das eleições presidenciais os eleitores poderão votar em um dos dois candidatos que obtiveram mais votos no primeiro turno: Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

Estados que terão segundo turno para o cargo de governador

  • Amazonas
  • Amapá
  • Minas Gerais
  • Mato Grosso do Sul
  • Pará
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Norte
  • Rondônia
  • Roraima
  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • Sergipe
  • São Paulo

Além destes estados, o Distrito Federal também terá 2º turno para o cargo de governador.

No segundo turno, a divulgação gratuita via rádio e televisão acontecerá até dois dias antes das eleições, dia 26 de outubro.

Conquistar parte dos votos brancos e nulos é um dos desafios que os candidatos a Presidência da República tem pela frente. Isso porque, na prática, esses votos ajudam quem está na frente na disputa - como não são contabilizados entre os votos válidos, facilitam a obtenção de maioria pelo líder nas pesquisas. A mesma lógica vale para as abstenções.

Embora historicamente o número de brancos e nulos sempre seja menor no segundo turno, os especialistas afirmam que não necessariamente a tendência vai se repetir no segundo turno em 2018, porque o pleito deste ano é extremamente atípico.

"A comparação (com outros anos) é problemática", explica o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor da UFMG. "Estamos diante de uma situação sui generis."

Entre as características singulares do pleito deste ano está o fato de que as alianças partidárias e o tempo de TV tiveram muito menos importância do que em outros anos, por exemplo, com a internet e as redes sociais assumindo um papel muito maior.

Neste ano, os nulos e brancos somaram 8,79% do total de votos no primeiro turno - um número que está na média dos registrados nas eleições presidenciais desde o fim da ditadura. O menor índice foi de 6,4% em 1989 e o maior, de 10% em 2002 e em 2014.

Em 2014, votos brancos e nulos somaram 10% do total no primeiro turno e caíram para 6% no segundo. Em 2010, eles foram 7,1% no primeiro turno e 6,7% no segundo.

Já as abstenções (pessoas que simplesmente não vão votar) tradicionalmente aumentam: foram 19% dos eleitores registrados no primeiro turno de 2014 e 21% no segundo.

De acordo com a última pesquisa Ibope, a intenção de nulos e brancos para o segundo turno é ligeiramente superior à registrada no primeiro, de 9%.

Como a rejeição afeta nulos e brancos?

Na disputa pelos votos no segundo turno, os dois candidatos têm em comum altos índices de rejeição. Na pesquisa Ibope de segunda-feira (15/10), 35% dos eleitores disseram que não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro e 47% rejeitaram Haddad.

A um dia do primeiro turno, a situação era inversa: o capitão reformado tinha 43% de rejeição e o petista, 36%, conforme a pesquisa Ibope de 6 de outubro.

"Tem muita gente que está declarando voto em branco pela incerteza, pela rejeição ao que é visto como dois extremos", afirma Reis. No entanto, diz ele, não é possível afirmar que a polarização vai desestimular o eleitor a votar.

Pelo contrário: o extremo desgosto com um dos candidatos pode incentivar pessoas que não escolheram no primeiro turno a se posicionar para neutralizá-lo.

Uma possibilidade é inclusive que a polarização faça com que, além dos brancos e nulos, o número de abstenções também caia. Essa é a opinião do professor Lucio Rennó, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília. 

"É difícil especular, mas quanto mais competitiva uma eleição, maior pode ser o comparecimento. Tenderia a dizer que a competitividade pode nos mostrar o outro lado da moeda (diminuir a abstenção)", afirma Rennó.

Questão matemática

Outro ponto importante, na visão dos analistas, é que, na prática, uma das candidaturas sempre acaba se beneficiando dos votos nulos e brancos - isso porque, matematicamente, eles ajudam quem está na frente, tanto no primeiro quanto no segundo turno.

Não é que o voto vá para alguém, mas, quando o eleitor vota nulo ou branco, esses votos não são contados entre os votos válidos. Isso faz com que, quanto maior o volume de brancos e nulos, mais fácil seja obter a maioria.

Isso porque, para eleger um presidente, é preciso mais de 50% dos votos válidos, não do total da votação.

Um exemplo: Se a eleição fosse em uma classe de dez alunos e todos votassem em um dos dois candidatos, para obter maioria e vencer seriam necessários 6 votos. Mas se 3 alunos votassem nulo ou branco, para obter maioria e vencer seriam necessários apenas 4 votos. Ou seja, fica mais fácil obter maioria e mais fácil vencer.

O mesmo vale se os 3 alunos faltarem à votação. Para o resultado final, os votos brancos, nulos e as abstenções (pessoas que faltam à votação) têm o mesmo efeito: ficam fora da contagem dos votos válidos.

Mas como isso tende a beneficiar o favorito nas pesquisas - que, no caso, é Jair Bolsonaro?

Considerando o total das intenções de voto, o ex-capitão está à frente, com 52%, enquanto Haddad tem 37%, de acordo com a última pesquisa Ibope, desta segunda-feira. Há, portanto, uma diferença de 15 pontos entre os dois candidatos.

A intenção de brancos e nulos é de 9% e os indecisos somam 2%.

Quando se consideram só os votos válidos, contudo, Bolsonaro sobe 7 pontos e tem 59% das intenções, ao mesmo tempo em que Haddad sobe 4 pontos e chega a 41%. A distância se aprofunda para 18 pontos.

Isso acontece porque, sem os nulos e brancos na conta, cada voto individual "vale" um pouquinho mais e, portanto, quem hoje tem mais votos sobe mais pontos.

"Não se posicionar acaba contribuindo pra quem está ganhando", afirma Reis.

Para votar em branco, basta clicar no botão "branco" presente no teclado da urna. Para anular, por sua vez, é preciso digitar um número que não corresponda a nenhum candidato e apertar confirma.

Como isso afeta as campanhas

Durante a campanha eleitoral, muitos apoiadores de Bolsonaro têm tentado aproveitar essa vantagem matemática: depois do primeiro turno, diversos militantes pró-Bolsonaro passaram a incentivar o voto em branco de quem rejeita o candidato.

Mas quem realmente precisa correr para conquistar os eleitores que votaram branco e nulo é a campanha do candidato do PT - ele precisa atrair uma boa parte deles se quiser superar a diferença de 18 pontos contra o adversário.

"Certamente é uma questão mais crucial, mais decisiva para Haddad, que tem que conquistar o pessoal que não votou e ganhar votos de quem declarou voto a Bolsonaro", explica Reis.

Essa é também a opinião do sociólogo Thiago de Aragão, diretor da consultoria Arko.

"A onda de crescimento que Bolsonaro teve no primeiro turno continua. Se a gente tem um candidato favorito, ele tem a vantagem de não precisar se reinventar", afirma Aragão

A campanha de Haddad tentou se reinventar: mudou a identidade visual para ter menos vermelho e mais verde e amarelo, afastou a imagem de Lula e fez um aceno ao centro e aos que ainda não decidiram ou pretendem votar em branco.

Segundo os analistas, o fato de ter chegado em segundo lugar no segundo turno e a necessidade de atrair esses votos fez com que Haddad tenha sido empurrado para essa estratégia.

"Se reforçasse o caráter de esquerda, iria consolidar os votos que teve, mas correria o risco de alienar os indecisos e eleitores de outros candidatos no primeiro turno.", afirma Aragão.

No entanto, de acordo com o especialista, mesmo que essa estratégia seja bem sucedida, ela não será suficiente para ajudar o candidato do PT a virar o jogo. "Haddad depende de algum acontecimento extraordinário ou de um erro do adversário para ganhar", avalia.

"Os principais pontos negativos que ameaçaram Bolsonaro no primeiro turno estão ligados a coisas que foram ditas por sua equipe. O que mais o prejudica é seu próprio pessoal."

Ou seja, de acordo com ele, Bolsonaro nem precisaria se preocupar com nulos e brancos, abstenções ou eleitores indecisos. "Em tese ele já tem o que precisa para ganhar. Basta ter uma campanha discreta e não cometer nenhum erro", diz o especialista.

Fonte: BBC Brasil em São Paulo

Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama

O Câncer pode ser vencido

Por Adriana Filie

O Câncer de Mama tem afetado muitas mulheres. É tema de políticas públicas da saúde, iniciativas privadas e até individuais para promover a conscientização sobre a prevenção e garantir apoio para quem está em tratamento.  

O Câncer de Mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.

Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico. E nesse especial, depoimentos de superação e apoio e matéria sobre os direitos previstos em leis. 

Quem pode servir de exemplo

Sempre é bom sabermos de casos que servem de inspiração. Histórias reais para acreditarmos que também vamos vencer a batalha contra o câncer. Só quem está passando sabe a importância de exemplos de positividade, confiança e vitórias. Vamos contar a história de Adriane Facchini, a Dri Fitness que tem motivado pessoas e até aquelas que não estão em tratamento. Afinal, quem não precisa de motivação!

Conheci a Dri agora, mas em Pirassununga ela é uma empresária de sucesso e bem conhecida. Que bom! É um exemplo de positividade porque ela não parou, ela não se isolou quando recebeu o diagnóstico que estava com um tumor no seio direito e era urgente a necessidade de mastectomia. O caso era grave! 

Dri conta que percebeu, em abril de 2016, um caroço na mama direita. Descobriu se olhando no espelho. Na ocasião, Adriana estava engessada devido a uma fratura no pé e ouviu que poderia ser resultado de alguma inflamação.

Aqui vai o alerta dela "não escute a voz popular, procure os médicos e especialistas o mais rápido possível. Contei com ótimos profissionais que me operaram com urgência, pois meu caso era grave. Em maio, um mês após o diagnóstico eu já estava operada. Apenas quando comecei a sessão de quimioterapia senti o impacto da doença, muito mais que passar pela mastectomia porque havia um risco alto de complicações durante as sessões. Após essa forte emoção, eu decidi que nada aconteceria comigo. " 

Na ocasião, Dri tinha acabado de ampliar seu trabalho no ramo de moda fitness, estava realizada e continuou promovendo suas vendas e investindo no negócio.

"Passei por 16 quimioterapias e 28 radioterapias conciliando o tratamento e não deixou de frequentar nenhum lugar, principalmente, o grupo de oração. Cheguei a ir em vigilâncias mesmo sabendo que estava frágil fisicamente. Ali, eu me fortalecia espiritualmente - fala Adriana sobre fé e as orações que recebeu de familiares e amigos - acredito nesse poder, nessa vibração que vem das orações de muitas pessoas, num único propósito que era minha cura."

Hoje, após 2 anos de tratamento, faz acompanhamento a cada três meses e gosta de testemunhar sua história. Ela reforça a necessidade de prestarmos atenção ao corpo, percebê-lo, tocar-se e autoexaminar-se. "Nunca pensei que poderia passar por isso, sempre cuidei bem da alimentação e pratiquei atividades físicas, mas, acontece e devemos seguir. Não ter nenhum preconceito por passar por isso. Afinal estamos vivas e podemos tudo, quantos não gostariam de ter essa chance?"

O que está ao nosso alcance

Muitas vezes nos perguntamos como podemos ajudar aquela amiga ou familiar que está passando por um processo de recuperação. Em geral, é comum as pessoas que estão em tratamento perderem os cabelos. Imaginem, então, melhorar a auto-estima de quem nem sabemos! Fomos atrás da história da Professora Patricia Andreeta que teve essa atitude solidária. Leia a entrevista!

Novo Contexto: Paty, você cortou o seu cabelo para ajudar outras pessoas que perdem o cabelo por causa do tratamento de câncer?

Paty: Sim, eu cortei o meu cabelo para ajudar outras pessoas que estão no processo de tratamento contra o câncer.

Novo Contexto: Quando decidiu ter esse gesto?

Paty: Essa ideia surgiu no mês de abril desse mesmo ano (2018) quando fui à cabeleireira para colorir e cortar meu cabelo. Ela sugeriu que se esperasse mais dois meses para cortar os cabelos, poderia doar o comprimento para a confecção de perucas para mulheres que fazem tratamento contra o câncer. Naquele momento foi plantada uma ideia na qual sempre ouvia falar, porém se fazia distante de mim. Comecei a ler alguns artigos sobre o assunto e me encantei com a proposta e a possibilidade de devolver a autoestima a mulheres que estão num momento frágil de suas vidas. E que essa atitude era bem mais comum que eu imaginava.

Novo Contexto: Quanto tempo você levou para deixar crescer?

Paty: Meu cabelo demorou quase um ano para crescer. E foi cortado 25 centímetro de comprimento para a doação.(O ideal é que a mecha tenha 15 centímetros).

Novo Contexto: Pretende fazer isso novamente?

Paty: Pretendo realizar novamente esse ato no próximo ano. A gente se sente mais humana, mais GENTE.

Novo Contexto: Você sabe para quem seu cabelo será doado?

Paty: Não sei quem irá receber o meu cabelo, doei para uma organização chamada "Rapunzel Solidária" (www.rapunzelsolidaria.org.br) mas sei que ele vai com muito amor e com energia do bem para que a pessoa que o receba - em forma de peruca - se cure dessa doença.

Conheça os direitos previstos em lei para as mulheres

Neste Outubro Rosa, o Grupo Oncoclínicas, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) lançam em todo o Brasil a campanha Movimento pela Vida. A iniciativa tem o objetivo de estimular mulheres de todas as idades, com ou sem câncer de mama, a promoverem uma mudança geral de atitudes pessoais, a partir da promoção de hábitos de vida saudáveis e realização de exames preventivos periódicos, assim como levar ao conhecimento público os direitos das pacientes diagnosticadas com câncer.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de mama representa a neoplasia maligna que mais atinge o sexo feminino, correspondendo a 28% do total de todos os diagnósticos de câncer entre este grupo anualmente - um universo que representará cerca 60 mil novos casos em 2017. Considerando as faixas etárias pré e pós menopausa, pesquisadores da SBM apontam que o risco de ter câncer de mama aumenta consideravelmente em mulheres com excesso de gordura corporal, especialmente aquelas que apresentam medidas aumentadas da circunferência abdominal.

Mas essa realidade pode mudar com mudanças simples, como adoção de alimentação equilibrada e realização de exercícios físicos regularmente. "A vida pede uma atitude e queremos incentivar as mulheres a aproveitar o movimento do Outubro Rosa para promoverem alterações positivas à sua rotina, como praticar atividades, ingerir alimentos saudáveis e realizar os exames preventivos. Essas medidas são essenciais não só como forma de reduzir os riscos de incidência do câncer de mama, mas também de outras condições crônicas como hipertensão e diabetes", explica Dr. Raphael Brandão, Coordenador Científico do Grupo Oncoclínicas.

Segundo Antonio Luiz Frasson, presidente da SBM, para frear os avanços destes números é também essencial apoiar a população na luta pelos seus direitos, como maior acesso à mamografia e diminuição do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. "Devemos lembrar que o Brasil conta com uma legislação específica que prevê que todo paciente com câncer inicie o tratamento no prazo de 60 dias após o diagnóstico - a chamada Lei dos 60 dias. Para promover uma mudança efetiva é preciso conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção, assim como incentivar médicos e pacientes a se unirem na exigência por maior acesso aos exames preventivos, caso da mamografia, e no tratamento da doença", diz.

#Movimento pela Vida

Entre as iniciativas promovidas pela campanha do Grupo Oncoclínicas, da SBOC e da SBM está o lançamento da landing page www.movimentopelavida.com.br que oferece uma série de informações sobre cuidados com a saúde, estimulo à prática de exercícios físicos, incentivo à rotina regular de mamografia e outros exames preventivos, sintomas que podem estar relacionados ao câncer de mama e demais informações sobre a doença. Essas medidas são essenciais para reduzir os riscos e incentivar a detecção precoce de tumores malignos.

A plataforma digital traz, adicionalmente, uma compilação de todos os direitos legais do paciente, incluindo isenções fiscais, liberação para saque do FGTS e acesso ao tratamento. "O primeiro e principal passo para vencermos o câncer de mama é o conhecimento. Temos que maximizar a exposição das informações para que cada vez mais mulheres e população em geral tenham o poder de combater essa doença. Por isso, através das ações de mobilização em mídias sociais e ativações nas ruas de diferentes cidades do Brasil proporcionadas pela campanha, queremos gerar um real movimento em prol da vida, para muito além do Outubro Rosa", pontua Brandão.

Realidade das mulheres brasileiras*

Levantamento feito em ações comunitárias pela Sociedade Brasileira de Mastologia no Rio de Janeiro revelou que quase 50% das mulheres (foram entrevistadas mais de 2100) que conhecem a Mastologia nunca realizaram a mamografia. Infelizmente, apenas 10% das mulheres mastectomizadas conseguem a reconstrução da mama.

Ao invés de iniciar o tratamento no prazo máximo de 60 dias, boa parcela das pacientes diagnosticadas têm aguardado mais de 6 meses para iniciar o tratamento.

Legalmente amparadas*

Conheça as principais Leis em vigor e garantias da mulher para diagnóstico e tratamento do câncer de mama:

1. Acesso à Mamografia a partir dos 40 anos - a Lei 11.664/08 garantia a toda mulher a partir dos 40 anos a realização anual do exame. No entanto, uma portaria, através do Ministério da Saúde, modificou a idade do acesso à mamografia de 40 para 50 anos em diante, além de limitar o exame para a mamografia unilateral, ou seja, somente em uma das mamas. Essa portaria alterou a lei de 2009 que dava direito a todas as mulheres e causou um mal estar generalizado. Diante disso, através de um projeto de Decreto de Lei, já aprovado em março de 2015, as entidades do setor, inclusive a SBM, conseguiram o apoio de deputados para voltar ao termo original da lei. O projeto, que agora está no Senado, ao ser sancionado, torna o acesso ao exame possível de novo a partir dos 40 anos de idade.

2. Lei dos 60 dias - Sancionada há três anos, a lei nº 12.732/12 é ampla e contempla todo o paciente diagnosticado com câncer. No caso do câncer de mama, assim como os outros, a lei prevê que todo paciente diagnosticado com a doença inicie o tratamento no prazo máximo de 60 dias após o diagnóstico. Essa medida é determinante para a saúde do paciente. No caso do câncer de mama, se diagnosticado precocemente e com o início do tratamento em tempo adequado, as chances de cura podem chegar a 95%.

3. Reconstrução Imediata - A Lei 12.802, sancionada em 2013, garante as mulheres que se submetem à mastectomia (retirada de uma ou das duas mamas) o direito de ter suas mamas reconstruídas no mesmo ato cirúrgico. A exceção são aquelas cujo o quadro clínico não oferece condições para isso, ou seja, caso o estado da paciente ofereça riscos à sua saúde, a reconstrução não será feita imediatamente. Caso contrário, a reconstrução mamária imediata é um direito de cada mulher e precisa ser respeitada.

*Informações extraídas do guia Saiba Tudo Sobre Câncer de Mama, elaborado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) Fonte: DIGITAL TRIX

Novo Contexto saúda a todos os Professores que continuam sua missão com esperança. Feliz Dia do Professor!

O Papel do Professor no combate às Notícias Falsas

Por Michel Soares Fontes

Alguns historiadores consideram a Idade Média como a Era das Trevas, mas talvez essa visão precise ser revista. Hoje estamos em uma era de pós-verdades, com idéias sem comprovação científica (sim, terraplanistas, estou falando com vocês) se disseminando de uma maneira caótica pelas redes sociais. Como professor de Biologia no ensino médio há 25 anos, devo confessar que tenho me surpreendido negativamente com algumas recentes indagações. Já dizia uma frase de uma saudosa animação de minha infância: "Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece..."

Movimentos Antivacinação na era pós-verdades

Essa introdução foi necessária para justificar a questão primordial a ser debatida neste texto: a queda na taxa de vacinação da população, devido aos boatos sobre efeitos adversos como, por exemplo, o desenvolvimento de autismo nas crianças.

Os movimentos antivacina ganharam força depois que o cirurgião Andrew Wakefield publicou em 1998 na Lancet, respeitada revista da área médica, um trabalho insinuando que a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) estaria associada ao autismo. Estudos posteriores refutaram a conexão e mostraram que Wakefield tinha ações de uma empresa que propunha o uso de outra vacina. Sua licença médica foi cassada, mas o estrago estava feito e ressurgiram surtos de sarampo na Europa.

Hoje temos o mesmo acontecendo aqui no Brasil. E antes que alguém diga onde estão as fontes científicas destes dados, aproveito para colocá-las à disposição aqui.

https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/08/17/as-razoes-da-queda-na-vacinacao/

https://jech.bmj.com/content/early/2012/01/19/jech-2011-200341.short

https://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1002578

É claro que existem outros fatores determinantes desta histeria coletiva, como o desconhecimento do calendário de vacinação pela população em geral (a maioria das pessoas sabe qual é a posição de seu time no campeonato ou mesmo o slogan de um candidato à presidência, mas não se lembra se a criança tomou todas as vacinas e reforços recomendados).A ausência das doenças no cotidiano espalha a idéia de que elas não existem mais (já fazem algumas gerações desde o horror que a poliomielite causava nas jovens mães); e a crença informal de que as notícias difundidas pelas redes sociais tem o mesmo valor informativo de um veículo jornalístico responsável; dentre outros.

O aluno precisa de senso crítico coerente

E como combatemos tal onda avassaladora de desinformação?! Com informação de qualidade nas escolas, que devem ser o centro da base cultural e científica de um cidadão pleno. O professor deve ser o orientador da discussão saudável para que possamos formar jovens com senso crítico coerente (e vamos deixar bem claro que existe uma diferença abismal entre criticar e reclamar, pois muitos alunos hoje confundem estes conceitos, para que uma experiência científica correta possa emergir na mente dos alunos) .

O estudo do sistema de defesa biológica do ser humano assim como a fabricação e aplicação de vacinas e soros imunizantes já é conteúdo dos currículos escolares há décadas, porém a viralização de notícias falsas pelos aplicativos e mídias sociais tem superado essa assimilação e infelizmente está contribuindo tanto para a queda da taxa de vacinação quanto para o ressurgimento das doenças. Devemos entender que o controle do número de casos de pólio, sarampo, difteria, tétano e outras enfermidades depende de um cuidado contínuo e eterno, com acompanhamento e aproveitamento das campanhas de vacinação oferecidas à população.

Assim sendo, reforço que cabe ao professor capacitado e informado com apoio da escola e de sua coordenação pedagógica a árdua tarefa de formar jovens com base científica sólida, pois estes se tornarão um dia pais responsáveis por uma família, que poderá ser saudável e feliz ao aproveitar a informação científica ao seu favor.


Michel Soares Fontes é Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas - UFSCar (1996), Professor de Biologia de Ensino Médio e Curso Pré-Vestibular - Poliedro Leme, Objetivo Pirassununga, Objetivo São Carlos e Objetivo Araraquara e Coordenador Pedagógico do Colégio Avicenna - Poliedro Leme.  

VOTE CONSCIENTE ELEIÇÕES 2018. 

POR QUE DEVO VOTAR?


O voto é a forma pela qual todo cidadão pode escolher quem o representará na elaboração de leis e na aplicação do dinheiro público para melhoria do país, dos estados e dos municípios. Sendo assim seu voto ajudará a decidir o futuro do nosso país.


COMO POSSO PARTICIPAR DAS ELEIÇÕES?

1° Examine as propostas dos candidatos e procure debatê-las em sua comunidade.

2° Escolha com atenção o candidato que vai representá-lo. Vote consciente.

3° Escolha para o Parlamento aqueles que saibam ouvir opiniões a comunidade, propor leis que alcancem o interesse de todos, fiscalizar a atuação dos governantes e defender melhorias para o país e para os seus estados.

4° Escolha para Presidente e Governador aqueles que saibam administrar.

5° Entenda que é pelo voto que você transfere poder ao candidato.

6° Tenha consciência que o dinheiro do Estado deve ser utilizado, obrigatoriamente, para satisfazer as necessidades da população.

QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA?

O Presidente é o líder do Poder Executivo Federal, suas atribuições são: apresentar planos de governo com programas prioritários, projetos de lei com diretrizes orçamentárias. Exerce atribuições administrativas, legislativas e militares de acordo com a Constituição Federal, realiza sanção, promulga e publica leis,com expedição de decretos, nomeia ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, declara a guerra e celebra a paz com autorização do Congresso Nacional.

QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR?

É o governador que exerce o Poder Executivo na esfera dos estados e do Distrito Federal. Assim, cabe ao governador representar, no âmbito interno, o Estado ou o Distrito Federal em suas relações jurídicas, políticas e administrativas.

QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DO SENADOR?

Representam os estados e o Distrito Federal e têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e fiscalizar os atos do Poder Executivo, além de processar e julgar, os crimes de responsabilidade, o Presidente e o Vice-presidente, os Ministros e os Comandantes de Marinha, do exército e da aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal e membros do conselho nacional do ministério público, o Procurador Geral da Republica e o Advogado Geral da União.

QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DO DEPUTADO FEDERAL?

Sua atribuição é fazer leis e fiscalizar os atos do Presidente da Republica. Os deputados podem apresentar projetos de leis ordinárias e complementares, de decreto legislativo, de resolução e emandas da constituição. Ainda cabe a eles discutir e votar em medidas provisórias e ditas pelo executivo.

QUAIS SÃO AS ATRIBUIÇÕES DE DEPUTADO ESTADUAL?

Cabe a ele propor, emendar ou alterar os projetos de lei que representam o interesse da população, desde que eles não entrem em conflito com as normas federais ou municipais, além de fiscalizar o trabalho do governador.

QUAIS SÃO OS CARGOS E AS ORDENS DE VOTAÇÃO?

Essa ordem é seguida por uma lei que foi aprovada n Congresso Nacional em 2014, assim sua ordem é:

1° DEPUTADO FEDERAL: São 4 dígitos

2°DEPUTADO ESTADUAL: São 5 dígitos

3° 1°SENADOR: São 3 dígitos

4° 2° SENADOR: São 3 dígitos

5° GOVERNADOR: São 2 dígitos

6° PRESIDENTE : São 3 dígitos

LEMBRE-SE: Para votar apresente o titulo de eleitor ou um documento oficial de identificação com foto; Leve uma cola eleitoral; Boca de urna é crime; Se não puder comparecer, justique.

AGORA, É COM VOCÊ, SIGA ESSES PASSOS E TORNE-SE UM ELEITOR CONSCIENTE.

Fonte: SENAI São Paulo

Eleições 2018: Tudo o que você precisa saber antes de sair para votar em 50 perguntas

No próximo dia 7 de outubro, cerca de 147 milhões de brasileiros são esperados para votar em todo o país. BBC News Brasil responde às principais dúvidas dos leitores em relação ao pleito deste ano com base em informações da Justiça Eleitoral e nós do Novo Contexto deixamos disponíveis para você estar  informado!

Muitos ainda têm várias dúvidas quanto ao pleito deste ano: Quando vai ser o primeiro turno? E o segundo (se houver)? Como anular o voto? Como justificar o voto? O que acontece se eu não votar?

Abaixo, a BBC Brasil reuniu 50 perguntas e respostas sobre as eleições 2018.

1) Qual é a data e o horário da votação?

O primeiro turno de votação vai ocorrer em 7 de outubro de 2018 e o segundo turno, caso aconteça, será em 28 de outubro de 2018. A votação começa às 8h e termina às 17h (horário de Brasília).

2) Em quem vou votar?

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A ordem de votação para as eleições gerais é a seguinte: deputado federal, deputado estadual (deputado distrital no Distrito Federal), senador (dois votos), governador e presidente.

3) Quem é obrigado a votar?

Os alfabetizados maiores de 18 e menores de 70 anos são, por lei, obrigados a votar.

4) O eleitor entre 16 e 18 anos é obrigado a votar?

Não. O voto é facultativo até o dia em que o eleitor completar 18 anos, quando passa a ser obrigatório. O voto também é opcional para os analfabetos e maiores de 70 anos. Esses eleitores não precisam justificar a ausência, se não votarem.

5) Como saber se estou apto a votar?

Você pode consultar sua situação eleitoral no site do TSE.

6) Como vou saber onde votar?

Você pode consultar seu local de votação no site do TSE. Você pode ligar também para a Central de Atendimento ao Eleitor dos TREs estaduais, ainda que esteja sem o título, ou para o seu cartório.

Além disso, os jornais de grande circulação publicam, em data próxima à das eleições, a relação de todos os locais de votação de cada zona eleitoral.

7) Qual o sistema de votação adotado para as eleições?

Em todo o país, a votação é através da urna eletrônica. Às 17 horas, quando é encerrada a votação, o resultado da urna de cada seção é registrado em um dispositivo eletrônico, que é encaminhado para totalização.

Se houver falha na urna eletrônica e na impossibilidade de sua substituição por outra do mesmo tipo, é utilizado o sistema tradicional de votos, havendo cédulas distintas, uma para as eleições majoritárias, de cor amarela, e outra para as proporcionais, de cor branca, a serem confeccionadas de maneira tal que, dobradas, resguardem o sigilo do voto sem que seja necessário o emprego de cola para fechá-las. No momento da votação o eleitor recebe as duas cédulas abertas.

Ocorrendo votação por cédulas, a apuração desses votos é feita na urna eletrônica, sendo os votos lidos um a um e registrados na urna. Ao final é expedido o boletim de urna apresentando o resultado da votação naquela seção.

8) Quem tem preferência para votar?

Têm prioridade para votar os eleitores com mais de 60 anos, os doentes, os eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida e as mulheres grávidas ou lactantes. Também têm prioridade candidatos, juízes eleitorais, promotores eleitorais, funcionários a serviço da Justiça Eleitoral e policiais militares em serviço.

9) O que acontece se eu não votar?

Você deve justificar sua ausência. Se não o fizer ou se a justificativa não for aceita pelo juiz eleitoral, deverá pagar multa arbitrada por esse juiz. O eleitor que deixar de votar em três turnos consecutivos terá seu título cancelado.

10) Como um eleitor cego poderá votar?

Na urna eletrônica, o teclado oferece a opção do sistema braile. Para a pessoa que não lê o braile, poderá se orientar a partir do ponto de identificação da tecla nº 5. As urnas também possuem sistema de áudio, disponibilizado quando solicitado.

O fone de ouvido é oferecido em todas as seções com acessibilidade. E para o eleitor que ainda não vota em seção acessível, ele tem a opção de pedir um fone no momento do voto. Cada local de votação no Estado de São Paulo, por exemplo, conta com um fone de ouvido.

11) O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida poderá votar em seção acessível sem ter transferido o título?

Apenas aqueles que fizeram a transferência temporária para uma seção com acessibilidade, que poderia ser requisitada no período de 17 de julho a 23 de agosto nos cartórios eleitorais. Passado esse prazo, os eleitores que não entraram com o pedido devem se dirigir às suas seções eleitorais de origem.

12) Quais documentos são necessários para votar?

É necessário levar documento oficial de identificação com foto. E para o eleitor que cadastrou a biometria, outra opção é o e-Título, que valerá como documento de identificação para os biometrizados.

A Justiça Eleitoral recomenda ao eleitor levar o título em sua versão digital (e-Título) ou impressa para facilitar a identificação da seção eleitoral.

13) Como é feita a identificação do eleitor nas cidades com biometria?

Após digitar o número do título de eleitor, o mesário solicita ao cidadão que posicione o dedo no leitor biométrico, para identificação. O eleitor identificado poderá votar, sendo dispensada a sua assinatura na folha de votação.

Caso não haja a sua identificação biométrica, por até quatro tentativas, ele deverá assinar a folha de votação.

14) Posso levar uma 'cola' com os nomes dos meus candidatos?

Sim. Se precisar de um lembrete, anote os números de seus candidatos na ordem correta de votação e use a 'cola' como lembrete na hora de votar. Busque os números de seus candidatos com antecedência.

15) Posso votar se estiver em outra cidade ou Estado?

O prazo para a solicitação do voto em trânsito já acabou. Quem fez essa opção não poderá votar em sua seção eleitoral de origem. Caso não esteja na cidade indicada no dia da eleição, o eleitor poderá justificar a ausência em qualquer local de votação do país.

16) Em quais municípios é permitido votar em trânsito?

É possível apenas em capitais e em municípios com mais de 100 mil eleitores.

17) Para quais cargos o eleitor pode votar em trânsito?

Se o eleitor estiver em uma cidade dentro do Estado de seu domicílio eleitoral, ele poderá votar para todos os cargos. Agora, se estiver fora do seu Estado, poderá votar apenas para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República.

18) Posso votar levando meu celular ou qualquer outro equipamento de rádio-comunicação?

O eleitor não poderá ingressar na cabine de votação portando celular, máquinas fotográficas e filmadoras. Nada de selfies, portanto.

19) Posso votar usando short, bermuda ou chinelo?

Sim.

20) É proibida a venda de bebidas alcoólicas no dia da eleição?

A competência para essa determinação é da Secretaria da Segurança Pública de cada Estado.

21) Quem está preso pode votar?

Não podem votar os presos que tiverem condenação criminal transitada em julgado (sem hipótese de recurso), assim como pessoas que perderam os direitos políticos. No entanto, os presos provisórios que estão esperando decisão judicial têm direito ao voto.

22) Se eu não votar no primeiro turno, poderei votar normalmente no segundo turno?

Sim. Os turnos são independentes, mas lembre-se de justificar, dentro do prazo legal, a ausência ao primeiro turno ou quitar a multa. O prazo de justificativa é de 60 dias, a contar da data da eleição, ou de 30 dias da data de retorno ao Brasil para quem estava no exterior.

23) Qual a diferença entre voto branco e nulo?

Não há diferença entre voto branco e voto nulo para a contagem dos votos, ambos são excluídos da totalização dos resultados. O eleitor vota branco quando pressiona a tela branca da urna eletrônica e confirma.

Já o voto nulo ocorre quando há erro de digitação. Se o eleitor digitar um número que não corresponda a partido ou candidato, o voto é anulado.

23) A falta de energia elétrica compromete o funcionamento da urna eletrônica?

Não. Ela possui uma bateria interna e, se necessário, poderá ainda ser utilizada bateria externa.

25) Os partidos políticos poderão fiscalizar a votação e a apuração?

Sim. Cada partido ou coligação poderá nomear dois delegados em cada município e dois fiscais junto a cada mesa receptora, funcionando um de cada vez. Na apuração serão três fiscais por turma apuradora, tendo atuação a uma distância não inferior a um metro da mesa apuradora e funcionando um de cada vez.

26) Os próprios candidatos poderão fiscalizar a votação?

Sim. Em eleições estaduais e municipais, os candidatos, na qualidade de fiscais natos, podem permanecer na seção eleitoral durante todo o período da votação. Podem, também, fazê-lo através de advogado, desde que o mesmo possua procuração com poderes para tal.

27) Como posso saber o resultado das eleições?

Pela internet, através de acesso aos sites da Justiça Eleitoral e nas páginas dos parceiros de divulgação como, por exemplo, grandes provedores de órgãos de comunicação.

28) Como posso justificar minha ausência às eleições?

Se você estiver, no dia da eleição, em uma cidade diferente da de seu domicílio eleitoral, vá ao cartório eleitoral ou local de votação mais próximo e justifique. A justificativa pode ser feita no mesmo horário das eleições. Para agilizar a justificativa, o eleitor pode obter, antes da eleição, o formulário no site ou em qualquer cartório eleitoral, preenchê-lo e, no dia da eleição, entregá-lo em qualquer cartório ou local de votação.

29) Qual o prazo para justificativa?

Se você não formalizar a justificativa no dia da eleição, deverá comparecer ao seu cartório eleitoral, no prazo de 60 dias a contar da data da eleição, munido dos documentos que comprovem o motivo da ausência. Neste último caso, o eleitor preencherá no cartório um requerimento dirigido ao juiz e aguardará a resposta.

O prazo de 60 dias é contado a partir de cada turno. Portanto, 1º e 2º turnos têm prazos diferentes. Se você estiver no exterior, o prazo muda: 30 dias contados da data de retorno ao Brasil. Nesse caso, é necessário apresentar passagens, cartões de embarque e carimbos no passaporte que justifiquem a ausência.

30) Existe a possibilidade de justificar on-line?

O eleitor pode, se preferir, solicitar a justificativa on-line, através do sistema Justifica, devendo anexar os documentos que comprovem o fato que impediu seu comparecimento às urnas. Caso a justificativa não seja aceita ou após transcorrido o prazo, deverá pagar uma multa.

31) Terceiros podem justificar minha ausência às urnas?

O requerimento de justificativa pode ser entregue no cartório eleitoral de inscrição do eleitor por terceiros sem autorização ou procuração específicas, mas deve conter a assinatura do eleitor. No dia da eleição somente o próprio eleitor pode justificar sua ausência.

32) Não votei e não justifiquei. E agora?

O eleitor que não votar nem justificar sua ausência nos prazos determinados pela Justiça Eleitoral incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral.

A multa é de R$ 3,51 por turno. Se o eleitor deixar de votar em três eleições consecutivas, seu título será cancelado. Caso isso ocorra, não poderá tomar posse em concurso público, obter passaporte ou carteira de identidade, renovar matrícula em estabelecimentos de ensino oficial, obter empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo, participar de concorrência e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

33) O meu título foi cancelado. Como regularizo a minha situação?

Você só poderá regularizar sua situação a partir do dia 5 de novembro. Emita a GRU da forma prevista na resposta anterior e, após o pagamento, vá ao seu cartório com documento de identificação oficial e comprovante de residência recente em seu nome (ex.: contas de água, luz, etc).

34) Na hora de votar, como funciona a identificação biométrica?

Na votação, o eleitor posiciona o dedo no leitor da urna eletrônica e o sistema faz até quatro tentativas de reconhecimento das digitais. Quem vota com identificação biométrica não precisa assinar o caderno de votação, que contém, ainda, fotografia do eleitor que já fez o cadastro.

35) Qual dedo é usado para autenticação na hora da votação por biometria?

O eleitor, quando compareceu ao cartório para a biometria, cadastrou os dez dedos das mãos, tirou uma fotografia e registrou uma assinatura digitalizada. Mas somente os polegares e indicadores são utilizados para confirmar a identidade no momento do voto.

O eleitor deve posicionar qualquer um desses quatro dedos no leitor.

36) Se não é possível a autenticação, por erro da digital ou outra dificuldade, qual o procedimento?

Quando não é possível confirmar a identidade do eleitor pela sua digital, o mesário verifica novamente os documentos do eleitor e confirma os dados informados, para garantir que não houve equívoco.

Se confirmada a identidade do eleitor, mesmo não havendo o reconhecimento biométrico, o mesário libera a votação com código próprio. Nesse caso, o fato é registrado na ata da seção e o eleitor deve assinar o caderno de votação, além de retornar posteriormente ao seu cartório eleitoral para uma nova coleta de digitais.

37) Nas cidades em que o cadastramento biométrico não era obrigatório, o eleitor que fez a biometria já vai ser identificado pelas digitais?

Alguns municípios que iniciaram o cadastramento biométrico sem obrigatoriedade de comparecimento terão a identificação híbrida nas eleições.

Nesse caso, eleitores com dados biométricos coletados serão identificados pelas digitais, e os que não fizeram a biometria serão identificados da forma tradicional. A lista de cidades que terão identificação híbrida será oportunamente divulgada.

38) Como sei se já fiz a biometria?

O título de eleitor de quem fez a biometria tem impresso, no canto superior direito do documento, "identificação biométrica".

39) Em quantos municípios brasileiros a biometria é obrigatória?

A biometria para eleições 2018 é obrigatória em 2,8 mil municípios brasileiros.

40) Não fiz minha biometria e no município em que moro ela era obrigatória. Como devo proceder?

O eleitor que não fez o cadastramento biométrico obrigatório dentro do prazo teve o título cancelado e não poderá votar nas eleições de 2018. A partir de novembro, será possível agendar atendimento e regularizar o título nos cartórios eleitorais e postos da Justiça Eleitoral.

41) Nas cidades em que o cadastramento biométrico não era obrigatório, o eleitor que fez a biometria já vai ser identificado pelas digitais?

Alguns municípios que iniciaram o cadastramento biométrico sem obrigatoriedade de comparecimento terão a identificação híbrida nas eleições.

Nesse caso, eleitores com dados biométricos coletados serão identificados pelas digitais, e os que não fizeram a biometria serão identificados da forma tradicional. A lista de cidades que terão identificação híbrida será oportunamente divulgada.

42) Sou inscrito no exterior, mas estarei no Brasil no dia da eleição. Poderei votar?

Sim, desde que você tenha solicitado o voto em trânsito entre 17 de julho a 23 de agosto deste ano. É necessário apresentar documento oficial com foto. O voto é apenas para o cargo de Presidente da República.

43) Moro no exterior e sou eleitor no Brasil. Como faço para justificar ausência às eleições?

São quatro as possibilidades:

- dirigir-se ao seu cartório eleitoral, em até 30 dias contados da data de retorno ao Brasil, apresentando bilhetes de passagem, cartões de embarque e carimbos no passaporte, entre outros;

- solicitar a justificativa pela internet, através do sistema Justifica, devendo anexar os documentos que comprovem o fato que impediu seu comparecimento às urnas. O prazo é de 60 dias após a eleição;

- fazer um requerimento solicitando justificativa da ausência, por carta dirigida ao juiz da sua zona eleitoral, com comprovação de que se encontra no exterior. O prazo é o mesmo (60 dias após a eleição). Os endereços das zonas eleitorais podem ser encontrados no site.

- subscrever requerimento de justificativa devidamente preenchido, que poderá ser entregue em cartório por terceiros, dispensada a apresentação de autorização ou procuração.

44) Moro no exterior e irei ao Brasil para uma cidade diferente do meu domicílio eleitoral por um período breve. Como justificar ausência a eleições ocorridas?

Você poderá comparecer ao cartório eleitoral do município onde estiver, levando seu passaporte e passagem e preencherá um "requerimento de solicitação de justificativa de ausência", que será remetido ao seu cartório de origem para processamento.

45) Sou eleitor regularmente inscrito no exterior e deixei de comparecer ao pleito na última eleição presidencial no país em que estou. Qual a minha situação?

Os eleitores que estão inscritos no exterior e deixaram de exercer o voto em qualquer das eleições presidenciais ficam sujeitos às mesmas normas impostas aos eleitores faltosos inscritos no Brasil, ou seja, devem justificar a ausência até 60 dias após o pleito, mediante requerimento dirigido ao juiz eleitoral do Cartório do Exterior.

O pedido deve ser remetido via postal para o endereço SHIS Qi 13, Lote i, Lago Sul, Brasília - DF - Brasil, CEP: 70750-520.

46) Qual é a penalidade se eu for convocado como mesário e não comparecer no dia das eleições?

Se você não trabalhar no dia da eleição, deverá apresentar justa causa ao juiz eleitoral em até 30 dias da data do pleito. Caso contrário, será aplicada uma multa cobrada por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU).

Se o mesário faltoso for servidor público ou autárquico, a pena será de suspensão de até 15 dias.

Todas as penas serão aplicadas em dobro se a Mesa Receptora deixar de funcionar por culpa dos faltosos, bem como ao membro que deixar os trabalhos durante a votação e não apresentar justificativa ao juiz em até três dias do fato.

47) Como mesário, posso fazer propaganda do meu candidato através de camiseta ou qualquer outro meio?

Não. Os integrantes da Mesa Receptora de Votos não podem fazer qualquer tipo de propaganda durante a votação.

48) O trabalho de mesário é remunerado?

Não. O mesário recebe auxílio-alimentação no valor de R$ 30.

O mesário tem direito a 2 dias de folga em seu trabalho (público ou privado) para cada dia trabalhado nas eleições e 2 dias de folga para cada dia de treinamento. Ele tem, ainda, preferência no desempate em alguns concursos públicos (quando previsto em edital). Os universitários cujas instituições de ensino superior tenham firmado convênio com o TRE-SP poderão ainda utilizar as horas trabalhadas nas eleições como atividade curricular complementar.

49) Atuei como mesário. Tenho o direito de não trabalhar no dia seguinte ao da eleição?

A lei prevê dois dias de folga para cada dia trabalhado nas eleições, sem especificar a data para utilização do benefício. Solicite seu comprovante ao chefe do cartório eleitoral e acerte os dias de folga com o seu empregador.

50) Atuei como mesário, mas mudei de emprego. Poderei usufruir os dias de folga previstos em lei nesse novo trabalho?

Não. O direito ao benefício pressupõe a existência de vínculo do emprego à época da convocação. Já nos casos de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho ou do vínculo, esse direito poderá ser usufruído se for acordado entre as partes, conforme o artigo 2º da Resolução TSE 22.747/2008.


Em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45341382 você encontra mais informações sobre as eleições 2018. Ainda há tempo para fazer uma boa votação, exercer sua cidadania com consciência. Força Brasil!

19 DE SETEMBRO: DIA NACIONAL DO TEATRO

Por Israel Foguel (Escritor, jornalista e Presidente da APLACE)

No dia 19 de setembro comemoramos o Dia Nacional do Teatro, uma das expressões artísticas mais importantes no mundo. A palavra teatro deriva do grego "theaomai" que significa ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo, uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament).

Alguns dizem que o teatro nasceu na Grécia antiga, porém pesquisas recentes provaram que muito antes, os egípcios, indianos e os chineses já o praticavam. 

No Brasil o teatro surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. O Padre José de Anchieta usava o teatro para catequizar os índios.

Porém, o teatro como forma de entretenimento só começou a ser comum no Brasil após a chegada da Família Real Portuguesa, em 1808. Naquela época, o rei costumava convidar companhias de teatro estrangeiras para fazer as suas apresentações para a nobreza. No entanto, em meados do século XIX começam a surgir os primeiros grupos de teatro nacionais, principalmente no gênero cômico.

Em 1948, em 11 de outubro, fundou-se em São Paulo o TBC Teatro Brasileiro de Comédia onde os artistas se profissionalizaram e tiveram contato com grandes diretores estrangeiros.

Para nós de Pirassununga, a grande satisfação fica por conta de nossa conterrânea Cacilda Becker e sua irmã Cleyde Yáconis que tem suas vidas misturadas com a própria afirmação do teatro nacional.

Cacilda surgiu como uma líder maior da classe artística e por 28 anos deu tudo de si para que o Teatro se torna-se popular e bem produzido em nosso país. Após 68 montagens, em 28 anos de carreira, Cacilda faleceu em plena ditadura militar, vítima de um derrame cerebral, quando então representava a peça "Esperando Godot", de Samuel Beckett. Após sua morte, o teatro continou nas mãos de Cleyde Yáconis, Ziembinski, Paulo Autran, Sergio Cardoso, e tanos outros astros, que com o surgimento da televisão, passaram a ser conhecidos nos quatro cantos do páis, e porque nã dizer, do mundo.

Com a ditadura ou intervenção militar nos anos 60 e conseqüentemente a censura imposta na época, o teatro nacional viveu um retrocesso produtivo. Com o fim do regime militar, ele estabeleceu novas diretrizes e hoje os artistas são considerados agentes formadores de plateia e incentivadores de novas gerações.

Em São Luís a maior casa de espetáculos, o Teatro Arthur Azevedo, foi construída em 1817. A arte se apresenta de forma significativa, porém com muita dificuldade.

Em Pirassununga, a partir de 1994 surgiu o Teatro Municipal Cacilda Becker. Entregue ao público em 1º de Janeiro de 1993, e tendo recebido a denominação Teatro Municipal Cacilda Becker pelo decreto 2.484, de 16 de setembro de 1993, iniciou suas atividades no dia 16 de Dezembro de 1993, com a apresentação do espetáculo de ballet "A Cigarra e a Formiga", pelo Conservatório Municipal de Música Cacilda Becker. Em 21 de janeiro de 1994 aconteceu a apresentação da primeira peça teatral (Nove Semanas e Meia de Amor, de autoria de Ronaldo Ciambroni com Vitor Branco e Patricia Iwanowiski). Funcionou durante 16 anos, quando foi interditado, em 26 de Março de 2010, para reformas de segurança. Foi reaberto em 25 de Julho de 2012 com uma nova roupagem: decorado interna e externamente com fotos da atriz Cacilda Becker. Hoje, o Teatro Municipal já apresentou aproximadamente 2.200 espetáculos, num total de aproximadamente 630 mil pessoas, numa média de 286 pessoas por espetáculo. Sua capacidade é de 400 lugares.

Em 2012 surgiu mais um espaço, o Cetro de Convenções Prof. Fausto Victorelli, com uma capacidade para 755 pessoas.

A crise política, educacional, cultural e principalmente política por que passa o país tem influenciado negativamente nas apresentações e os grupos lutam desesperadamente para manter esta arte milenar em atividade. Que os Deuses do Teatro não nos abandonem!

Neste dia 19 de setembro, Dia Nacional do Teatro, fica a nossa homenagem a todos aqueles que lutam para a sobrevivência desta nobre arte de representar! 

28 de Julho - Dia do Agricultor

Nossas homenagens continuam a essa profissão tão importante e que movimenta a economia nacional como nenhuma outra! (veja matéria no #Editorial)

Nessa data, nossa admiração a todos esses guerreiros e guerreiras do campo, por meio de duas famílias empreendedoras: Silmara de Souza Pereira da Silva do Sítio Santa Rita e Angela Lima da Chácara das Conchas.

"Tudo começou porque queremos vender nossos produtos diretamente ao consumidor final. Nos mercados precisamos de terceiros para comercializar e não é garantia de aceitarem todos os produtos que destinamos a venda. Além de conhecer os clientes nesse contato direto trazendo sempre o melhor", comenta Silmara, que reforça que tudo que vende é de fabricação própria, caseiro ou cultivado em seu sítio.

Angela conta que possuía estrutura então foi fácil buscar profissionalização para integrar a feira "tinhamos estufa e conhecíamos nosso negócio só precisávamos dessa nova visão de mercado", explica Angela que junto com a família, comercializa verduras, legumes, hortaliças.

É exatamente isso que vemos na feira, há um aspecto bem profissional onde muitas vezes, víamos a informalidade na apresentação, tanto nas antigas barracas como no trato pessoal. Esses comerciantes passaram por um curso completo de como trabalhar com a venda do seu produto que vai desde a apresentação da imagem pessoal, a valorização do estande, até a escolha dos itens e os cuidados com higienização e embalagem dos produtos para atrair os consumidores.

Os empreendedores estão fazendo jus à tendência de mercado e análises de pesquisa do setor que indicam, cada vez mais, a necessidade da busca por conhecimento e o uso de tecnologias para continuar a evolução nos negócios. A feira completa um ano agora em outubro e Angela informa que aguardam novos companheiros "eles terminam a segunda edição do curso em breve e virão integrar a feira". 

1º de Maio - Dia do Trabalhador

Como a Era Digital impacta as relações humanas no ambiente empresarial

Hoje, a tecnologia está presente em tudo em nossa vida e só percebemos a real importância quando ela falta; afinal, quem não se incomoda quando a internet está lenta?!

Somos unânimes em concordar que a tecnologia veio para facilitar o dia a dia de todos e que os benefícios e as facilidades que ela nos trazsão inúmeros. As revoluções tecnológicas vêm ressignificando as empresas diariamente, influenciando positivamente o trabalho através de acesso mais rápido às informações, maior segurança, aumento da eficiência e conexão remota em qualquer lugar do mundo.

Baseado nisso, as empresas devem refletir sobre a influência da era digital e repensar constantemente sobre os meios de comunicação que deve utilizar para se relacionar e despertar o interesse, motivação e engajamento de seus funcionários e seus clientes. Cada vez mais, a influência digital se torna mais relevante e os meios de comunicação precisam ser adaptados e reinventados, para que a abrangência seja cada vez maior e mais rápida.

O grande desafio das empresas é utilizar a mídia social e a internet a favor da comunicação interna na empresa. Os tradicionais murais e folders impressos devem ser complementados com posts online na intranet, mídias sociais digitais, anúncios na TV corporativa e fundos de tela do computador.

Quantas vezes você já observou uma roda de amigos em que cada uma das pessoas está olhando para o seu próprio celular, sem conversarem e manterem um diálogo entre si? Acredito que várias vezes. Isso é reflexo de uma tecnologia altamente rápida e eficaz.E você já parou para pensar como essa "era digital"interfere nas empresas e nas relações de trabalho? O ponto de reflexão aqui refere-se aos adeptos das vidas sociais digitais e o que esse desequilíbrio pode causar entre vida pessoal e trabalho.

Pense em uma pessoa que fica conectada a maior parte do tempo durante o dia e reflita sobre seus principais comportamentos.

- Ela tem facilidade de se relacionar e manter um diálogo quando está em uma roda de amigos?

- Esta pessoa normalmente tem facilidade em fazer amizade ou se relacionar quando está em um ambiente "não familiar"?

- Na maior parte do tempo, esta pessoa está concentrada em seu próprio mundo ou atenta às diversas situações, cenários e estímulos que estão ocorrendo em sua volta?

Muito provavelmente, você concorda que estas pessoas se sentem mais confortáveis quando tem a possibilidade de manterem um distanciamento de outras pessoas.


Novo Contexto parabeniza os Trabalhadores e os homenageia trazendo artigos essa semana para enriquecer a caminhada profissional. Sucesso e prosperidade!!

Agora pense: qual o reflexo deste mesmo tipo de comportamento dentro do ambiente de trabalho?

Quando nos conectamos na Internet, recebemos inúmeros estímulos, o que faz com que nosso cérebro amplie sua capacidade de absorção de conhecimento, tornando-nos mais atentos e ágeis, o que é um fator positivo. Em contrapartida, essa "conectividade" também nos provoca maior ansiedade e, quando analisamos este comportamento no ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que a pessoa pode demonstrar maior atenção a todos os estímulos, se essa mesma ansiedade não for bem equilibrada, pode refletir em dificuldade para manter o foco na tarefa a ser executada e consequentemente, falta de cumprimento de prazos.

Todos nós, enquanto seres humanos, sabemos que somos únicos e não conseguimos nos dissociarmos em 2 pessoas: uma pessoa para a vida pessoal e uma pessoa para o trabalho. Nosso principal desafio é mantermos um equilíbrio em todas as esferas de nossa vida, da mesma forma que precisamos manter um equilíbrio entre os comportamentos pessoais e profissionais. Somos mais informais quando estamos em casa, com nossa família e com nossos amigos, o que nos permite acessar as mídias sociais digitais quantas vezes quisermos durante o dia. Mas e no trabalho? Podemos manter este comportamento? Como você acha que a empresa deveria agir se soubesse que você fica navegando horas nas mídias sociais digitais ao invés de fazer o trabalho que deve ser feito?

Em meios a tantas influências digitais, o profissional deve se atentar em como absorver todos os estímulos de modo favorável para que consiga desenvolver e manter relacionamentos interpessoais e impulsionar sua carreira. Falamos aqui do perfil do "Profissional do Futuro", cujas características abaixo serão cada vez mais valorizadas pelo mercado de trabalho:

- Autocontrole emocional e autoanálise para identificar a correta postura profissional exigida nas diferentes relações;

- Disciplina para organizar e planejar suas atividades a fim de cumprir com os prazos estabelecidos.O atraso na entrega das responsabilidades e a falta de comprometimento com o prazo são cada vez mais presentes nas organizações, e essa mudança de comportamento não pode ser classificada como "normal" mediante as mudanças dos valores da sociedade.

- Capacidade de relacionamento interpessoal. Em uma era em que as pessoas terão que desempenhar cada vez mais papéis multidisciplinares, o profissional de destaque terá que aprender a se relacionar com os diferentes perfis de colegas de trabalho, compreender os diferentes papéis desempenhados por todos eles, saber "defender" seu ponto de vista, mas também com habilidade para compreender o ponto de vista do colega.

- Respeito ao ser humano. Em um momento que em que a falta de respeito com as pessoas, seja nas relações familiares, escolares, na sociedade e nas relações de trabalho estão cada vez mais comuns, o profissional que souber impor seus limites, defender sua ideia e discordar quando necessário, mas sempre respeitando o ser humano, o ambiente de trabalho, a hierarquia ali presente e a diretriz a ser seguida terá um espaço de destaque na Companhia.

Nesta semana em que comemoramos o Dia do Trabalho, gostaria de sugerir o desafio de se relacionar mais "humanamente" com seus colegas de trabalho. Em seu horário de almoço, experimente olhar menos o celular e mais as pessoas que estão ao seu lado. Experimente "ouvir" e "escutar" o que seu colega está dizendo. Se permita interessar-se genuinamente pelo assunto dele. Faça perguntas. Mostre-se presente naquela relação por inteiro e não somente de corpo presente e surpreenda-se com a magia e a riqueza de conhecer uma pessoa com os olhos que vão muito mais além do que o mundo virtual pode mostrar. Permita-se acessar menos o celular no horário de trabalho e manter o foco nas atividades a serem entregues. Você irá se surpreender com sua capacidade de atenção e entrega de resultados que possui.

Parabéns pelo seu dia, trabalhador!!!

Menize Franzotti é psicóloga, com MBA em Recursos Humanos. Possui experiência no gerenciamento de todos os subsistemas da área de Recursos Humanos de empresas, nacionais e multinacionais. Apaixonada por pessoas e pelo desenvolvimento humano.