Cuide da sua imagem

Clientes com novas demandas exigem "habilidades reais"

Por Valeria Oliveira

Que habilidades serão exigidas dos profissionais de consultoria de imagem para esses novos tempos?

Que o formato de trabalho que entregamos até hoje deverá receber uma grande modificação, é fato!

Já tínhamos um cenário onde o cliente estava mais focado, mais crítico: as informações acerca de qualquer assunto, não é de hoje, chegam com uma velocidade ímpar. Acessar uma rede social ou fazer uma busca no Google para saber mais a nosso respeito já era uma realidade. Sim, nossa vida pessoal e profissional poderia chegar num "passe de mágica" às mãos de qualquer pessoa ou empresa que se interessasse por nosso trabalho, antes mesmo de enviarmos uma proposta formal.

Embora isso já fosse suficiente para cuidarmos com mais afinco do nossa própria imagem, outras mudanças também deverão ser levadas em conta. A forma de comunicação mudou. A experiência de compra mudou. Os valores estão sendo repensados. O poder de compra de produtos e serviços está se modificando.

Agora que temos um pequeno panorama do tempo presente, de que ferramentas precisaremos para que a consultoria de imagem possa continuar atendendo aos anseios do nosso cliente?

Muito já se falou nas "hard skills" e nas "soft skills". As primeiras são aquelas que aprendemos na escola, habilidades mensuráveis. Já as segundas são recursos intangíveis, mas cada vez mais valorizados, como empatia, flexibilidade, resiliência.

Essas tais habilidades já foram e continuam sendo muito úteis. Mas quero usar um termo com vocês que ouvi num dos cursos que fiz com Eduardo Carmello durante a quarentena. Gostei muito dessa expressão. Ela nos situa: "real skills"!

Entendi que, quando pensamos nesse termo, estamos fazendo uma análise específica do nosso mercado, da nossa realidade. São habilidades que temos que ter em destaque para poder criar um produto ou serviço que atenda às necessidades do cliente que, hoje, tem novas demandas. Deixo aqui algumas interpretações que fiz sobre o tema e que considero essenciais:

  • receber com entusiasmo os desafios
  • trabalhar de modo cooperativo
  • redesenhar algumas habilidades técnicas para oferecer os serviços
  • repensar formas de abordagem do consumidor coerentes com o novo momento
  • investir em conhecimento sobre as relações interpessoais
  • compreender que o meio digital, como forma de comunicação, não perde em qualidade se bem trabalhada, pois o atendimento online é uma realidade. 

E acima de tudo perceber cada cliente, seja no atendimento pessoal ou corporativo, como um ser único e que, como tal, deve ser recebido por nós a cada trabalho!

Faça uma autoanálise e pense quantos dessas "reals skills" você já está pondo em prática na construção da sua nova imagem profissional?


Abrace a tecnologia, mas não deixe sua humanidade de lado

Por Valeria Oliveira

Você já parou para pensar que muitas das habilidades adquiridas na faculdade já não estão presentes na sua rotina profissional hoje?

Até bem pouco tempo atrás, seus conhecimentos da graduação seriam utilizados até você se aposentar. Agora, no entanto, é preciso ter a mente aberta, conhecer os meios digitais e reinventar seu trabalho a cada dia!

Muitas vezes, estamos tão envolvidos com a nossa rotina que nem nos damos conta de como a executamos no dia a dia e, nem tampouco o quanto elas podem ter sido facilitadas pela tecnologia. E mais importante do que isso: o que ainda está por vir dentro de alguns poucos anos?

Há algum tempo,tenho pensado sobre isso de modo mais pontual. Até porque minha profissão de consultor de imagem já se transformou muito desde que comecei a trabalhar em 2006. Quer dizer, pelo menos para aqueles profissionais que continuam se atualizando!

Minha maior constatação e, porque não dizer, "quase assombro" foi ter acompanhado o trabalho do meu mentor Paulo Silvestre, que acaba de chegar do SAP Sapphire Now, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo.

Ele conta que viu o CIO da Adidas apresentou a solução para identificar tendências de moda e preferência de cores de maneira totalmente automatizada, com um sistema fazendo uma quantidade imensa de fotografias de pessoas nas ruas de cidades de todo o mundo.

Outro conceito que me chamou a atenção foi o de "humanidade aumentada", ou seja, a tecnologia não substitui o ser humano. As máquinas cuidam do lado rotineiro, liberando as pessoas para se dedicar a tarefas que exijam o seu lado humano.

Até bem pouco tempo atrás, eu acreditava que investir meu tempo estudando tudo que pudesse me dar subsídios para o entendimento das relações interpessoais era uma maneira de dar um diferencial para o meu trabalho de consultoria de imagem. Hoje entendo que é muito mais!

Nas minhas aulas já explico que, para um trabalho bem sucedido, será necessário um conhecimento técnico de 20% e um conhecimento "do humano" de 80%.

A grande questão que agora trago para a reflexão é: qual será o significado de "ter conhecimento técnico" sobre esta ou aquela área?. Sim. O que eu faço hoje com total conhecimento de causa e que posso afirmar que faço muito bem, que sou "muito bom nisso" que não será substituído por um "apertar de botão" ou melhor ainda, por um comando de voz?!

E não falo isso de modo pessimista! Porque não sou mesmo! Ou simplesmente para vender minha crença de que nosso foco profissional deverá sempre estar em estudar as relações humanas. Não é mais uma questão de crença! É mesmo para atentar aos fatos!

As evidências comprovam!

O Grupo LVHM recentemente introduziu consultorias com personal shoppers por live streaming no seu e-commerce.

O aplicativo "AsPatricias" usa inteligência artificial para entender o seu gosto para moda, e sugerir looks baseados nos seus compromissos e preferências.

É mesmo muito impactante, não é? Mas como tudo na vida, aqui também há ônus e bônus!

E como equilibrar tudo isso?

Seguem aqui algumas reflexões...

  • Jamais ignore o fato de que mudanças tecnológicas existem e não são uma questão de escolha!
  • Receba a tecnologia como algo benéfico porque ela poderá fazer com que você tenha mais tempo para estar com pessoas.
  • Incorpore ao seu trabalho, de modo consciente e perspicaz, toda a tecnologia possível.
  • Leia, estude, atualize-se acerca da tecnologia!

Que tudo isto só te abra caminhos para buscar cada vez mais o conhecimento na área das relações interpessoais, porque o restante a tecnologia fará por nós!

Em cima de tudo isso, vale ainda lembrar um tema que já tratei em outros artigos: a empatia. Sim, ela será a nossa grande aliada na construção de relacionamentos. E não haverá tecnologia que a substitua.

Portanto, temos que estar atentos a essa nova dinâmica da vida, que nos leva a nos atualizar continuamente, mas que não permite que abandonamos o nosso lado humano.

Qual será seu primeiro passo nessa direção?


Home office! E agora?

Por Valeria Oliveira

Se você se sente assustado com essa decisão da sua empresa, saiba que não está sozinho!

Um milhão de pensamentos passam pela cabeça enquanto o dia parece ter mais horas do que o esperado! E o que dizer quando a família toda tem sua rotina alterada e todos estão em casa? Parece difícil de organizar tudo isso!

Vamos encarar mais esse desafio?

Poderíamos enumerar dezenas de alternativas para essa convivência doméstica nada planejada. Mas prefiro ater-me somente a questão profissional. Sim, mesmo em casa você continua tendo que trabalhar e investir na sua carreira, seja ela qual for!

Precisamos ter pensamentos com o olhar no futuro porque o presente está carregado de incertezas! Vamos focar em como nos prepararmos usando o tempo que nos sobra durante essa reclusão forçada!

E o que fazer para se diferenciar? Pensem que minhas sugestões são vindas de alguém que trabalha com imagem profissional...

Atualize seu perfil no LinkedIn! (Ou crie um, se você ainda não tem!)

Eu não digo isso para você se preparar para uma demissão! De modo algum! Seu perfil é sua história e quer melhor modo para se apresentar profissionalmente ao mundo?

Leia!

Leia muito! Além do habitual! Aproveite o tempo para se atualizar sobre temas relacionados e correlacionados à sua profissão! Para isso valem artigos e posts do LinkedIn também. Aqui mesmo você vai encontrar sugestões muito interessantes de livros também. Mas eu garanto que você já tem alguns na sua lista à espera de tempo!

Estude!

Há inúmeros cursos online de curta duração que podem te ajudar a resolver aquele "gap" de formação ou aprimorar alguma habilidade que poderá exigida em breve...! Muitas instituições já começaram a disponibilizar cursos gratuitos.

Se a necessidade for mais específica, contrate um profissional para aulas online também! Você pode até sugerir a colegas que façam essas aulas juntos, se a necessidade for comum...

Cuide da sua imagem!

Em tempos de flexibilização de dress code, muitas vezes, ficamos sem ter uma ideia clara de como nos vestirmos e de como organizar nosso armário para facilitar isso. Agora é a hora! Revise tudo e deixe as peças de trabalho separadas para facilitar sua vida na volta à rotina! E lembre-se: quando a empresa dá liberdade para o vestir, ela está deixando a responsabilidade em suas mãos. Falei sobre esse tema num outro artigo meu : https://www.linkedin.com/pulse/com-que-roupa-eu-vou-valeria-oliveira/

Vale conferir!

Ah, pode parecer um pouco óbvio, mas arrume-se para trabalhar mesmo estando em casa! Isso fará toda a diferença no seu dia!

Tenho certeza de que com tantas demandas home office, o tempo vai passar mais depressa do que imaginamos!

Você acrescentaria algo mais a essas sugestões? Partilhe conosco em nossas redes sociais para que possamos manter a mente ocupada com atividades e, assim , distanciarmos um pouco do negativismo que insiste em roubar a cena!


Você já tem o que você precisa para brilhar

Por Valeria Oliveira

Você tem a sensação de que não sabe o suficiente para realizar seu trabalho?

Estamos vivendo um momento em que muitas pessoas acreditam que nunca estão prontas para as tarefas que exercem ou querem exercer. Termos a segurança sobre o que nos propomos a fazer é necessário. O que me assusta, porém, é a corrida desenfreada por cursos de formação e aperfeiçoamento, às vezes sem muito critério.

Fazer algum curso não nos dará a tranquilidade para seguir em frente, sem medos. Então por que isto continua acontecendo?

Sabemos que nossa formação de base é deficiente. E associar a teoria à prática não é tarefa fácil quando temos que pensar em estratégias para o sucesso do nosso trabalho!

Nossas escolas formam competidores, e não pessoas habilitadas a trabalhar em equipe. E na busca por nos diferenciarmos do outro, continuamos a reproduzir conteúdos sem um entendimento maior do porquê!

E isso não acontece somente em determinada geração ou faixa etária, nem mesmo em classes sociais específicas. O anseio por conhecimento é geral! E quanto mais elitizado e sofisticado, melhor!

Essa reflexão chegou até mim quando, há algumas semanas, comecei a assistir a primeira temporada da série "The Crown", que conta a história da rainha Elizabeth, do Reino Unido. Em um dos episódios, uma fala dela me chamou à atenção. Já na vida adulta, quando ela começa seu reinado e, dessa forma, conhecer o mundo, questiona-se de quantas coisas não entendia porque não havia aprendido quase nada, além de temas que "interessam a uma rainha". Decide, então, contratar um tutor. E mais chocante ainda foi a explicação que sua mãe deu a ela quando disse que os propósitos da educação recebida eram claros e que os objetivos foram atingidos. Para grande frustração de Elizabeth.

Parece-me que, no caso do filme, a personagem identificou o que ela realmente precisava saber e corrigiu isso a tempo! Nem mais, nem menos.

Por que não conseguimos fazer o mesmo? Por que buscamos mais do que precisamos e, muitas vezes, deixamos o necessário de lado?

Nesse piloto automático, nos esquecemos que a maior competição é a nossa luta interna pelo equilíbrio. Vejo pessoas que já têm o que precisam e não avançam.

Por isso, acredito que, antes de mais nada, é preciso ir em busca de autoconhecimento. E, só depois, analisar as reais falhas no processo de aprendizado e que, agora, estão fazendo falta!

Para tentar resolver isso, faça essas perguntas a você mesmo:

Por que estou indo em busca desse curso?

A demanda é da empresa onde trabalho? Tenho insegurança com relação ao novo trabalho? Vejo que meus concorrentes já fizeram o curso em questão?

Por que escolho este curso dentre tantos outros?

Tenho clareza do que vou aprender com ele? Pesquisei quais são os profissionais que vão ministrá-lo? Conversei com pessoas que já participaram?

É claro que não estou propondo que não nos atualizemos profissionalmente. Mas a escolha por um curso deve estar associada ao nosso crescimento, e não ser um modo de adiar um novo trabalho, um novo desafio dentro de um trabalho atual.

O psiquiatra chileno Claudio Naranjo disse certa vez que devemos ter uma "nova formação de educadores, orientada não só para a transmissão de informações, mas para o desenvolvimento de competências existenciais."

Portanto, olhe bem para você mesmo: possivelmente todas as capacidades necessárias para você brilhar já estão aí dentro. Use-as com alegria!


Qual o sentido da palavra "gratidão" para você?

Por Valeria Oliveira


Confesso que o uso excessivo e indiscriminado deste vocábulo ultimamente me fez deixar de usá-lo muitas vezes.

Enquanto buscava inspiração para escrever sobre o término de mais uma ano, recebi um vídeo abaixo, que fala justamente sobre o significado dessa palavra, e que me fez refletir.

Como acredito que nada nessa vida é por acaso, entendi que deveria reavaliar meu posicionamento sobre a gratidão.

Resolvi, então, racionalizar e fui ao "Google" encontrar algo que me explicasse melhor o seu significado. E não encontrei nada além do que o vídeo já havia explicado.

Vejam:

"A gratidão é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc. Cérebro e gratidão: a ciência explica!

Em um sentido mais amplo, pode ser explicada também como recognição abrangente pelas situações e dádivas que a vida lhe proporcionou e ainda proporciona. (...)"

Gostei muito dessa segunda definição!

Sempre tive o cuidado de me cercar de informações sobre o que escrevo, pela preocupação em partilhar conhecimentos que valham a pena. Afinal, nosso tempo é precioso e não gostaria de ninguém ocupasse o seu com palavras vazias.

Foi esse o motivo que me levou a estudar Neurociência. Preciso de uma "comprovação das coisas". Preciso de respostas para algumas inquietações relacionadas ao comportamento. E ainda vamos conversar muito sobre isso.

Mas hoje, quando assisti a esse vídeo feito por um neurologista, tudo fez ainda mais sentido. E ela se afinou muito com a definição dada pelo Google.

Diante de tudo isso,tenho que acreditar. Essa palavra é perfeita para explicar meu momento.

Não encontrei nada que descrevesse melhor como me sinto hoje. E, se posso falar especialmente do aspecto profissional, penso no número de pessoas envolvidas nesse movimento de um ano inteiro. E quando mais mais um ano chega ao fim, é hora de dizer à vida, a todos que estiveram comigo durante mais um ciclo de desafios, de trabalho e de muita realização:

Gratidão!

E você, enquanto lia o artigo, fez sua lista de motivos para dizer gratidão e obrigado?


Você fala bonito, mas eu não acredito

Por Valeria Oliveira

Você já parou para pensar que podemos usar a máxima presente no título para avaliar a qualidade dessa avalanche de informação e de informantes com que temos tido contato? Os meios digitais têm nos trazido uma gama de possibilidades de aprendizado através dos mais diversos eventos, como palestras e webinars. Mas quanto desse conteúdo realmente serve para alguma coisa?

Alguns deles chegam pelo canal digital, outros nos conectam pelas mídias e temos até a possibilidade de estar frente a frente com o palestrante. Como avaliar esses conteúdos? Olhar os discursos e buscar uma conexão com a verdade de cada um só será possível se o mesmo estiver embasado na experiência, nos exemplos que trazem para ilustrar suas falas.

Pense nas últimas vezes em que isso aconteceu. O que ficou pra você? Do que você se lembra?

Tnho vivido experiências muito intensas nesse sentido. Dias de muito aprendizado! Mais que isso: dias de muita inspiração! Vou falar de três eventos diferentes: "7º Fórum Empreendedoras" https://forumempreendedoras.com.br/ , "1ª Conferência Latino-Americana de Assessoria de Imagem 360º" https://aicibrasil.org e "Palestra Fashion Law: o direito da moda" https://oabmogidascruzes.com.br.

De que forma eu avalio ou classifico essas experiências?

Todas as vezes em que o discurso prendia a atenção, era nítida a força que inundava o espaço. Eu via no orador a certeza de quem pisa num solo que é o seu. A escolha de cada palavra era natural e parecia mesmo que eu estava ouvindo uma melodia. E aí ficava a critério de cada palestrante escolher o ritmo: alguns eram cantiga de roda; outros pareciam clássico do cinema, com toda intensidade que podem conter. E igualmente bons! Parabenizo os profissionais que tive a oportunidade de ouvir falar e que tanto me encantaram.

Mas infelizmente nem sempre isso acontece! É fato que todos somos humanos e, às vezes, os palestrantes podem não estar nos seus melhores dias. Mas não é a esse fato a que me refiro. Falo de conhecimento de causa. Da pessoa que sabe o que diz sobre o tema porque vivenciou. Este terá sempre bons exemplos para ilustrar a teoria.

E como os palcos e a internet parecem aceitar democraticamente a todos, vale a pena observar as sugestões que se seguem para os próximos eventos.

Antes de reservar sua vaga ou parar diante do smartphone para assistir a uma palestra, pesquise sobre o palestrante:

- Ele tem formação que embase o desenvolvimento do tema escolhido?

- Existem palestras anteriores na internet? Há comentários sobre?

Diante da palestra observe:

- O desenvolvimento do tema foi bem trabalhado?

- A didática do palestrante facilitou a abordagem?

- O palestrante estava preparado para o trabalho?

- Qual o seu nível de concentração durante a palestra?

E, por último, cito um trecho do livro A Influência da Emoção do Orador no processo de conquista dos ouvintes:

"...a emoção do orador poderá ser sentida, observada, mas jamais explicada ou dominada no seu entendimento. Poderá ser sentida porque ao ser externada pelo orador a própria emoção do ouvinte é tocada no processo de emocionar. Poderá ser observada porque sua manifestação é evidente e, quando não simulada ou camuflada pelo comportamento consciente, pode ser facilmente identificada. Jamais poderá ser explicada ou dominada, porque, possuindo uma linguagem expressiva própria e estando "antes de, para além de, e independentemente de toda a linguagem verbal" que seria a responsável por descrevê-la sempre escapará dos limites das palavras."

Tenho certeza de que, com a reflexão acima, vai ficar mais fácil distinguir. Discursos vazios, como eu mesma defini, não vêm acompanhados de presença do locutor. Chegam com grande eloquência, algumas vezes. E podem até agradar num primeiro momento. Porém, se ficarmos atentos, uma nota vai destoar em meio a isso tudo! E, se a emoção não nos conectou, os ensinamentos também não o farão. É preciso sentir a importância que o orador dá à fala.

Nosso tempo é o bem mais precioso que temos. E não dá mais para ocupá-lo com algo que não seja demasiadamente importante. As ofertas são incontáveis, mas temos que "separar o joio do trigo". Só assim nosso crescimento pessoal realmente acontecerá.


Você já escutou quem está a sua volta hoje?

Por Valeria Oliveira

Nunca tivemos tantos recursos facilitadores da comunicação. Meios digitais nos permitiram isso. Informações vindas de todos os lugares do mundo em tempo real são tratadas com tanta naturalidade na hora da nossa comunicação, que esquecemos que nem sempre foi assim! Mas comunicação implica em falar e ouvir. E ultimamente estamos muito preocupados em falar e nos dispomos muito pouco a ouvir... Mas, dessa forma, a comunicação não acontece bem. Você ouve quem está a sua volta todos os dias?

Meu último investimento em cursos foi há menos de um mês. Estive num treinamento de três intensos dias com mais 14 pessoas. E foi uma experiência incrível, prática e dinâmica!

O propósito era treinar habilidades de liderança, estratégia e negociação através da oratória. Sim, usar a fala a seu favor! Saí cheia de energia, revigorada e pensando em como traduziria todo o aprendizado para as diferentes frentes do meu trabalho: clientes da consultoria pessoal, alunos de supervisão de atendimento em consultoria de imagem e a quem assiste às minhas aulas e palestras.

Mas minha maior inquietação veio de um outro evento do qual participei. Estive presente no Networking 4.0 e o tema da primeira apresentação foi Escutatória. E eu não queria que a fala do palestrante terminasse! Foi um "abrir o olhar" ou melhor dizendo, os ouvidos para algo que no meu entender é epidêmico. Na nossa ânsia de querer falar... não ouvimos. Só falamos! E, pior, não nos ouvimos também!

E o que dizer disso tudo? Sou profissional da área de comunicação. Trabalho com pessoas e empresas com o propósito de facilitar a comunicação delas dentro do seu próprio universo. E, assim, colaboro para que atinjam seus objetivos. Para que este trabalho seja eficaz, é preciso que haja total compreensão do que se fala e do que se ouve. O contrário também deverá ser verdade.

E levando esse tema para um âmbito maior, quantos desentendimentos, quantos desencontros e desmandos só por não ouvir!!! Ou por falar demais! É esta a reflexão que proponho por saber que a nossa aparência tem forte impacto nas nossas relações, mas se sua construção não for amparada por uma boa condução no comportamento e na comunicação, as propostas de sucesso poderão cair por terra.

Com a ousadia de quem não pediu autorização para as pessoas incríveis que me inspiraram a escrever este artigo, podemos substituir falar por escrever e ouvir por ler! Afinal, seguramente uma das ferramentas de comunicação mais usadas é o WhatsApp. E acreditem: eu não sou contra! Se as ferramentas de comunicação não tivessem evoluído, eu não estaria aqui escrevendo agora!

Mas pensemos em quantos talentos desperdiçados por não saber usar a palavra certa, na entonação certa. Quantas interpretações erradas por um entendimento equivocado ou por não termos escutado. Há algum tempo, abordei este assunto, embora por outro viés, no meu artigo Porque o "problema do outro também é seu problema" (já publicado na coluna, veja abaixo).

Sobre esses desentendimentos provocados por dificuldade de comunicação, eu me lembro de uma história que minha mãe ainda repete:

"A HISTÓRIA DO PEIXE SEM CAUDA"

Contam as histórias que, numa determinada família, toda vez que a mãe fazia um peixe assado, ela cortava a cauda dele.

Um dia o filho mais novo perguntou: "Mãe, porque você sempre corta a cauda do peixe?"

A mãe respondeu: "Minha mãe me ensinou dessa forma".

Não conformado com a resposta, o filho foi até a casa de sua avó e perguntou para ela o porquê de cortar a cauda do peixe quando o mesmo era assado.

A avó então respondeu: "Não sei quanto a sua mãe, mas eu cortava o rabo do peixe, porque minha forma era pequena".

Quantos de nós não estamos saindo por aí reproduzindo histórias pela metade? Por que não atentamos para o todo ou por que preferimos dar a ela seu significado próprio? E o que fazer?

Comece escutando a você mesmo! No silêncio, a sós!

Quem é a pessoa que você leva para todas as relações onde há a comunicação? É preciso estar presente, no sentido mais amplo da palavra! Entender que sua atenção total, em tudo o que faz, poderá ser um caminho muito próximo para alcançar os melhores resultados.

Com este primeira etapa compreendida, vamos à próxima? Sim, porque, tendo um discurso alinhado com suas crenças, poderá partir para a comunicação.

Você está ouvindo o que o outro precisa antes de sacar do bolso o seu discurso? Demonstra real interesse pelo que o outro fala? Ou veste o personagem de melhor vendedor do mundo, não importando o que será motivo de compra: seu produto, suas ideias, seu "eu"?

Depois disso, pense no que, afinal de contas, você está querendo comunicar.

"Entre o que eu penso, o que eu quero dizer, o que digo... e o que você ouve, o que você quer ouvir e o que você acha que entendeu, há um abismo." Alejandro Jodorowsky.

Agora que tudo parece mais claro, que tal aceitarmos o desafio:

- Compreender que a arte de falar se aprende.

- Escutar o que o outro diz! Não que seja tarefa fácil. Mas é possível fazê-lo de verdade.

- Admitir que, às vezes, será necessário ajuda de pessoas mais preparadas para mostrar o caminho.

Que as novas ferramentas de comunicação nos permitam ir mais longe, evoluir nesse processo tão incrível que deve ser a conexão entre seres da mesma espécie. Não importa se o objetivo é conhecer ou ser conhecido, aprender ou ensinar, vender ou comprar.

Que possamos resgatar o verdadeiro sentido disso tudo. É preciso entender que falar e ouvir são partes igualmente importantes. E, sempre que fizer isto, que seja por inteiro.

Aprenda a ouvir... e a ler!


Nem sempre o mundo vê você do jeito que você é

Por Valeria Oliveira

Foto Reprodução - Disponível em: empowermentholdings.com/wp-content/uploads/2014/09/cat-lion-mirror.png

Todos criamos uma imagem de nós mesmos. Mas será que essa imagem reflete a que as outras pessoas têm de nós? Quando falamos em criação de uma identidade visual (proposta do trabalho de um consultor de imagem), o que estamos falando é de um alinhamento entre a imagem que o cliente acredita ter e a imagem que ele deseja ou precisa ter. Tudo isto tendo em vista seus propósitos pessoais ou profissionais. E sermos capazes de fazer a, melhor tradução de nós mesmos para os outros, como mencionei no meu artigo Sua aparência pessoal pode lhe abrir muitas portas é o ponto chave deste assunto.

Mas se isto lhe parece tão lógico e tão racional, saiba que não é bem assim. Você já parou pra pensar qual é a sua imagem? Se você tivesse que descrevê-la, o que diria sobre você?

Vamos entender melhor tudo isto a partir de um exemplo hipotético:

Uma mulher jovem, recém-formada, com o objetivo de colocação no mercado de trabalho coerente com sua formação: Graduação em Administração de Empresas.

  • Imagem que acredita ter - séria, jovial, focada:
  • Imagem que os outros têm dela - tímida, imatura, comportamento por vezes infantilizado (tom de voz, gestual);
  • Imagem que precisa ter - sair deste universo da estudante de graduação e passar a ter uma imagem mais condizente com uma profissional da área pretendida.

Resumidamente, informações como estas dariam um norte para a construção da chamada identidade visual.

Se tudo isso parece tão claro, por que não praticamos no nosso cotidiano?

Faça esse exercício com você mesmo. Como você se vê? Como você "precisa" ser para que sua imagem abra portas para suas realizações pessoais e profissionais?

Parece que pensarmos isto para nós mesmos não é tão simples assim!

É porque quando se fala de imagem, não temos garantia de que as pessoas nos vêem do mesmo jeito que nós acreditamos ser. Isso acontece porque os elementos que compõem a nossa imagem, como nossas roupas, a maneira como falamos, nossa postura, não estão nos apresentando com a clareza necessária. Pior que isso: podem estar até mesmo distorcendo nossa imagem para o mundo.

Posso citar um exemplo do que aconteceu comigo há alguns anos.

Sou uma pessoa bastante comunicativa. Adoro estar com pessoas; conversar; aprender com elas! Mas, para que isto aconteça, tenho que estar segura de que as pessoas também queiram se comunicar. Não sou exatamente aquela que "chega, chegando"! rsrsrs

E quando comecei o trabalho de consultoria, algumas mudanças no nível da aparência aconteceram.

Pois bem, este comportamento que eu considerava apenas discreto, somado a um modo de vestir mais coerente com minha imagem de profissional, foi traduzido por algumas pessoas de minha cidade como "pessoa elegante, sofisticada, porém, distante e, até mesmo, esnobe"!

Sempre morei na mesma cidade. Para algumas pessoas a mudança pode ter sido maior do que eu imaginei! Confesso que levei um susto quando ouvi esta descrição feita por um amigo comum a este grupo a que me refiro.

O feedback foi perfeito e felizmente eu tive um! E precisei me adequar e ser um pouco mais enfática na minha maneira de me comunicar com as pessoas. Sim, no meu caso, a mudança foi só na comunicação!

E a verdade é uma só: Quem tem que mudar é você! As pessoas não mudarão a leitura que fazem de você, se os elementos forem os mesmos.

E como acontece este processo de mudança pelo trabalho da consultoria de imagem?

Componentes estéticos (roupas, acessórios, corte de cabelo, maquiagem), elementos de adequação de comportamento e comunicação verbal e não verbal são ferramentas utilizadas para criar uma marca que define a pessoa.

Até aqui, tudo parece muito tranqüilo, porque nenhuma dessas escolhas do consultor é aleatória. Todas as informações coletadas são obtidas de forma direta ou lúdica. Mas tudo é uma tradução da vontade, consciente ou não, do cliente. Tudo lhe é entregue de maneira leve, mas, ainda assim, a transformação estética poderá ser grande.

O novo é sempre atraente. E muitas vezes surpreendente! E, se não fosse por questões éticas, descreveria histórias de mudanças extraordinárias vivenciadas por mim nesses doze anos de trabalho! E quantos cliente eu tive o prazer de ver seguindo suas vidas de modo mais pleno e seguro, prontos para novos desafios!

O eu atual X o eu anterior

A questão é que, para que uma imagem possa ser a identidade de alguém, ela precisa ser consistente. Nesse momento, algumas pessoas retrocedem. Um comando mais forte é acessado e as conquistas obtidas até aqui são inundadas por um componente de sabotagem: a imagem anterior. É isto mesmo! A história de vida da pessoa forjou esta imagem e cada detalhe tem razão e significado, por isso é tão difícil abandoná-la.

E em situações em que nos sentimos mais vulneráveis ou inseguros, ela se sobrepõe à nova e volta a cumprir seu antigo papel.

O medo inconsciente do novo - e porque não dizer da descoberta, do sucesso - ocupa o espaço! E se, mesmo num trabalho tão bem cuidado, embasado em tantas teorias, tantas bibliografias, o que dizer do que acontece quando a mudança dá lugar ao padrão anterior de onde costumamos nos proteger melhor. Sim, por mais racional que seja entender que as tais mudanças são necessárias, mantermos nossa zona de conforto nos afasta dos riscos. Mas posso garantir: há riscos que valem à pena! Entrar em contato com essas resistências é um passo importante para o autoconhecimento. Mas caso esse comando seja exacerbado pode ser interessante uma investigação mais específica.

Já vi muitas pessoas fazerem de suas vidas um eterno "repetir". Mas, se sempre nos repetimos, como vamos melhorar, nos transformar em algo novo e necessário?

A primeira coisa é ser honesto o suficiente para responder às perguntas:

  • Quem eu quero ser para que minha vida faça sentido?
  • O que eu preciso fazer?
  • O que eu preciso deixar de fazer?

E, com total conhecimento de causa, resultado de uma busca intensa por respostas, primeiramente para minha vida e, depois pelos meus clientes, acrescento mais dois questionamentos:

  • Quem eu preciso tirar do meu convívio? E "tirar" não quer dizer excluir literalmente. Muitas vezes, significa apenas entender que a opinião que você tem sobre si mesmo deve prevalecer sobre a daqueles que, mesmo nos amando muito, ainda podem discordar das nossas escolhas!
  • Quem eu preciso trazer para meu convívio? E, aqui eu ouso dizer que a melhor pessoa para ter por perto está dentro de você! Sim, é aquele seu "eu" mais generoso, mais leve, mais feliz, que algum dia você já conheceu.

Se tiver dificuldade para entrar em contato com as três primeiras perguntas, tenha certeza de que o trabalho de consultoria de imagem responderá isto junto com você. Porém, o que vai garantir que você se aproprie das mudanças desejadas e as segure pra você como quem carrega um troféu, é o resultado do constante cuidado com sua essência. E ainda que falemos bem baixinho, por medo de sermos ouvidos, ela terá as respostas certas! Sempre!

Qualquer coisa que fizermos, desde que construído com ferramentas corretas e total consciência, trará o melhor de nós. Porque é a partir daí que veremos nossos objetivos serem alcançados.

Preciso de um argumento melhor para convencê-los de que esta busca vale a pena?


Abrace as diferenças e o primeiro a ganhar será você mesmo

Por Valeria Oliveira

Foto: divulgação - No filme "Um Senhor Estagiário", a convivência entre pessoas de "tribos" diferentes acaba sendo positiva para o ambiente de trabalho e para todos os envolvidos 

Uma "selfie" diz mais que mil palavras! É isto mesmo! Num mundo cada vez mais visual, onde as mídias estabelecem as regras da comunicação, fotografar é dizer. Mas a agilidade com que uma imagem é registrada não nos permite rascunhos. A comunicação é instantânea! Ela simplesmente acontece! Mas você acredita que isto possa ser mesmo suficiente para entendermos a mensagem do outro?

A sensação que tenho é que estamos vivendo em grandes "tribos" e que, até mesmo dentro da que escolhemos, está difícil conviver e alcançar certos níveis de exigência.

Isto me faz pensar sobre os caminhos que estamos dando à nossa comunicação com o mundo. Estamos vivendo um momento em que diferentes gerações se encontram numa mesma mesa, numa mesma família, num mesmo departamento de uma empresa! Pessoas que deram vivas à máquina de escrever elétrica e outras que nem sequer sabem que isto existiu um dia! Juntas, convivendo, resolvendo conflitos, produzindo, estabelecendo propósitos comuns.

E como conseguir resultados se, no íntimo de cada um de nós, existe a escolha, ainda que inconsciente, de aproximar somente as pessoas que pensam como a gente? E por que tanto estranhamento ao diferente?

Posicionamentos diferentes podem gerar conflitos, mas também podem contribuir muito para enriquecer a visão sob determinado ponto de vista.

É preciso se despir dos preconceitos. E, para alguém como eu, que acredita nos relacionamentos, na troca, onde cada um traz sua parte e todos saem ganhando, proponho um olhar para além do que julgam certo, além da sua "tribo", para além do muro.

No mínimo, esta atitute te dará oportunidade para um currículo diferenciado! Agora faz mais sentido a você, não é? É isto mesmo! Ter repertório de vida, conhecer diferentes visões do mesmo tema se traduzem por flexibilidade, bagagem para os desafios que a vida apresentará.

E, como exercício para este alcance, sugiro que você procure dialogar com pessoas diferentes, sobre assuntos que você, inicialmente, não pensaria em conversar.

Se você é muito jovem, pergunte aos mais velhos como era a vida quando tinham a idade que você tem hoje. Se você for aquele que vai poder contar histórias, pergunte aos mais jovens sobre alguma coisa relacionada a tecnologia. Ou simplesmente pergunte algo que conecte as pessoas com suas verdades, algo de que elas gostem muito.

Tenho certeza que você voltará para sua "tribo" de origem muito mais flexível e, quem sabe, até derrube os muros que te separam de uma convivência desprovida de preconceitos. Desafio aceito?



Seu mundo tem as cores que você escolheu?

Por Valeria Oliveira

Qual é sua cor preferida? E o que ela representa para você? Por mais despretensiosa que sejam essas perguntas, as cores representam muito do que somos e como vemos o mundo.

Falar de cor é falar de vida. Elas representam a nossa energia no cotidiano, o quanto investimos em cada ação.

Quando o assunto for nossa relação emocional com elas, tenho certeza de que já virá à sua cabeça expressões como "deu branco" ou "tô bege". Ou, se quisermos olhar para o universo feminino, pensemos na segurança de quem usa um "pretinho básico",

Por isso, pensar em cores é também pensar em um repertório de possibilidades para viver a vida com mais intensidade. Isto mesmo! Associemos as cores ao que fazemos no nosso dia-a-dia! Se você tivesse que pintar cada atitude sua de um único dia, que cores estariam sendo usadas?

O porquê de estar abrindo este questionamento começou com uma conversa que tive com uma amiga há alguns dias. Há tempos não conversava com ela. Enquanto explicava por que minha rotina estava tão intensa, tentei descrever as coisas que acrescentei à minha vida profissional. Enfim, relatei toda a alegria de quem começa a entender que a vida pode ser maior e que, ainda assim, a gente dá conta... Foi quando ela,com toda sua autoridade, me disse calmamente: "Você está ampliando sua paleta de cores!"

Fiquei envaidecida! Mas vou confessar que, imediatamente, pensei: "Isso daria um artigo!"

E não me contive. Disse isso a ela! E aqui estou.

Saber que no meio de uma rotina atribulada eu pude parar tudo e conversar com uma amiga fez toda a diferença no meu dia. E, sem falsa modéstia, acredito que no dia dela também!

Compreendi que ampliar a paleta de cores é mesmo tomar consciência da vida que estamos vivendo e escolher com que cores pintá-la. Porque a escolha é sempre nossa! A questão é que nem sempre somos capazes de perceber as cores em nós mesmos. E como eu mencionei no meu último artigo Você não precisa da aprovação do outromuitas vezes é preciso que alguém nos lembre.

Empresto um verso da música "True Colors", de Cindy Lauper , que pode nos inspirar a olhar para isto como uma grande possibilidade de mudança.

"Mas eu vejo suas cores verdadeiras, resplandecendo através de você". Cindy Lauper

E nossa relação com as cores parece estar conosco desde muito cedo.

Como consultora de imagem, uma das etapas que trabalho com o cliente é a Análise Cromática. Através dessa técnica, entrego ao cliente uma paleta com as cores que harmonizam com seu tom de pele e que servirão de base para compor elementos estéticos na aparência.

Por que falo sobre isto? Porque este estudo foi iniciado quando o artista plástico da escola Bauhaus, Johannes Itten compreendeu que seus alunos ao escolher cores para pintar quadros,escolhiam as que harmonizavam esteticamente com elas. Essas cores foram chamadas de "cores subjetivas".

Por que existe então esse trabalho, se já nascemos com este entendimento? Porque ele pode ser perdido durante nossa vida por influências externas.

Pois bem, se já tínhamos definidas as cores que nos agradam esteticamente por harmonizarem com nossa aparência, fica muito fácil afirmar que também já soubemos que cores (ou que coisas!) nos fazem harmonizar com nossa essência.

O vídeo abaixo representa muito do que quero partilhar aqui com vocês!

Pessoas diferentes podem escolher cores diferentes, porque é isto que nos torna únicos. O problema é deixar que elas se enfraqueçam, até tornarem-se cinzas diante das adversidades do mundo externo. E isto inclui a ação de outras pessoas. Podemos acinzentar a paleta de muita gente!

Seria a velocidade com que tudo tem acontecido ultimamente a responsável? Porque quando o assunto demanda reflexão, nesse movimento em que tudo tem que ser feito com muita velocidade, pressa, fica difícil analisar antes de agir.

Acredito que, enquanto lê este artigo, você já deve estar "olhando" para sua paleta de cores. Então, me diga como você a vê?

Convido vocês a criar um movimento "slow thinking", ou seja, pensamento devagar, com mais profundidade. Qual é o fundamento dele? O mesmo de todos os já criados nessa linha: de-sa-ce-le-rar! Sim! Porque é preciso impedir que fiquemos cinzas.

Organize melhor seu tempo! Decida, dentro de uma coerência, como vai usá-lo.Porque usar mal é gastar! E tempo gasto é vida que não volta mais. Você nasce com uma quantidade pré-estabelecida, embora não saiba nunca o saldo restante. Só nos é dada a certeza de que quando usamos de forma generosa, ele é tempo investido, e nossa paleta se enche de cores!

E como nossa conversa começou por inspiração de um telefonema, já dei a deixa para duas coisas que podem dar colorido a sua vida: estar com pessoas queridas e escrever, até mesmo artigos!

Sim! Escrever para as mídias digitais é poder falar com um número inimaginável de pessoas. É acreditar que cada um de nós tem algo a ser partilhado. E como é incrível saber que, nesta ciranda, onde cada um contribui com um pouco, todo mundo fica melhor. Aprendo quando escrevo! Mas aprendo muito mais com a participação das pessoas ao que, inicialmente, seria uma visão só minha e poderia ficar guardada para mim. É impossível não perceber as tantas paletas coloridas que vão surgindo disso tudo!

E o que mais podemos fazer para trazer cor para a vida?

Que tal um grande abraço em alguém especial (como sugere a animação)?

Todos podem fazer algo para resgatar as suas cores e as cores de quem está a sua volta: o que você faria para isso? Compartilhe aqui com a gente.



Com que roupa eu vou?

Por Valeria Oliveira

Quem escolhe a roupa que você usa no trabalho?

Só pergunto isso porque durante muito tempo a empresa foi a responsável por essa função! Mas as coisas estão mudando e só quem já esteve sob a orientação de um código de vestimenta sabe do que estou falando.

A complexidade era imensa: grandes empresas com regras semelhantes para países diferentes, a rigidez excessiva, a dificuldade em interpretar alguns códigos, e por aí a fora.

Me lembro de ter participado de um debate sobre este tema onde se questionava a exigência de um dresscode para munícipes que frequentariam a Câmara dos Vereadores.

Esse tema já foi motivo de muita dor de cabeça para quem instituía a regra, para quem fiscalizava o cumprimento dela e para quem tinha que obedecer.

E sobre desenvolver um dress code? Este seria um capítulo à parte porque, como profissional da imagem, está no meu escopo de trabalho desde escrever sobre o "manual de conduta" do funcionário, passando pela vestimenta, até a escolha de uniformes.

Uso o verbo no passado. Por quê?

Porque o que mais tenho ouvido é "mudança", que vai desde o simples fato de poder tirar a gravata até o "venha como você é"!

O assunto está na pauta dia, tanto que foi abordado no Estadão. Mas isso não pode ser encarado como uma liberdade irrestrita e sem regras. Também não é algo que esteja acontecendo em todo lugar: a mudança é gradual, e está apenas começando.

E como diria o poeta:

"E agora José?"

Como agradar a todos se, até ontem, não se agradava ninguém? O dress code era pensado a partir da cultura da empresa, da sua imagem a ser representada em cada colaborador.

E como fica esse conceito agora?

Essas e outras perguntas, com certeza, ecoarão ainda sem resposta. Como tudo o que é novo, precisa de um tempo para as adaptações. Ainda há muitas empresas com dress code muito rígido no mercado! O filme "Um Senhor Estágiário" apesenta-nos um exemplo desse processo, como podemos ver no trecho abaixo:

Como uma profissional de comunicação de imagem, vejo que, enquanto isso tudo ainda se organiza dentro das corporações, cada profissional pode - e deve - entender qual o seu papel no cuidado da sua própria identidade, e como isso representa o que somos para o mundo a nossa volta.

Sua aparência e, portanto, sua forma de vestir, é parte da construção da sua identidade profissional. E, se ela não precisa ser ditada pela empresa, sua responsabilidade aumentou! Ela vai ter que ser guiada por você!

Pense que, mesmo sem uma vestimenta que caracterize toda a estrutura hierárquica da empresa, ela continuará existindo. E aqui deixo uma pergunta: será que quem está te vendo ou te contratando está preparado para essa flexibilidade ou ainda vai esperar que você corresponda à sua expectativa?

Olhe a sua volta! Se você está empregado e sua empresa propôs a mudança, tente entender qual é o objetivo disso tudo. Pergunte! Por outro lado, se está a procura de trabalho e vai ser entrevistado, tente saber tudo sobre o que pensa a empresa sobre este tema. E, se possível, tente pesquisar sobre os recrutadores.

E, por último, digo com segurança que, independentemente das regras, você continua querendo ser bem visto, aceito e abrir todas as portas do sucesso. E uma imagem coerente com seus propósitos será um grande elemento na construção da sua vantagem competitiva!

É preciso muito autoconhecimento para ter a certeza do que se quer mostrar ao mundo através da aparência, das escolhas feitas na hora do vestir. Quando ela for baseada em elementos internos, como crenças, valores, propósitos, constituirão o que se chama de identidade visual. E a primeira pessoa que a deve respeitar é você! Será legítimo não querer participar de empresas que caminhem numa mão contrária ao que você acredita.

Então, a partir de agora, se sua empresa adotar a regra "venha como você é", pergunte-se:

"Como eu quero que as pessoas me reconheçam?"


Quanto tempo você esperaria para comer um marshmallow?

Por Valeria Oliveira

A pergunta no título pode parecer um tanto estranha para esse nosso universo do LinkedIn*. Mas esse tema tem sido grandemente trabalhado pela Psicologia e pela Neurociência, em pesquisas que tentam medir, dentre outras coisas, nossa resiliência. E essa é uma habilidade cada vez mais valorizada, por ser cada vez mais rara.

O vídeo abaixo demonstra o teste da pesquisa que resultou num livro chamado "O Teste do Marshmallow".

Para ser concisa, posso dizer que o Experimento do Marshmallow tinha por objetivo compreender a capacidade que as crianças tinham de esperar por uma recompensa, de acordo com a idade. Foram avaliados também os recursos usados por elas para conseguir esperar.

O final da pesquisa, que começou na década de 1960 e acompanhou o crescimento dessas crianças até o final dos anos 1980, mostrou que as que conseguiram esperarar tornaram-se adultos mais bem sucedidos e mais felizes.

Mas não trago este tema aqui para discorrer sobre a pesquisa ou o livro. Peço uma licença a todos que se dedicaram a esse estudo, para que eu possa aproveitá-lo aqui somente como um parâmetro. Porque nosso comportamento, nos dias atuais, tem consequências muito imediatas na nossa comunicação com o mundo, com a nossa imagem dentro e fora das redes sociais. Como profissional da área, entendo o quanto é importante trazer este tema para uma discussão.

Na pesquisa, as crianças deixavam de ser imediatistas porque acreditavam na pessoa que lhes dizia que a recompensa seria maior, se pudessem esperar. Sim, crianças de 4 anos, em média, da década de 1960, já compreendiam o sentido das palavras confiança, espera e recompensa!

Se esta pesquisa fosse feita nos dias atuais, vocês poderiam imaginar o resultado?

E não venho aqui para trazer respostas. Meu objetivo com essa fala é trazer questionamentos para promover nossa reflexão.

Para que possamos ser bem específicos, eu trocaria o prato com marshmallow por um prato cheio de informações. Sejam elas de qualquer espécie. Desde um comentário ouvido acerca de uma pessoa, até as infames "fake news".

Que comportamento é esse que nós temos e nos tira do controle de muitas de nossas ações, para buscar o imediatismo e o prazer instantâneo, mas que crianças de 4 anos de idade puderam controlar?

Teríamos perdido essa capacidade de esperar porque, diferentemente das crianças, não temos claro qual será a recompensa se esperarmos? Ou simplesmente não esperamos, porque preferimos inconscientemente a recompensa fugaz do compartilhamento?

O fato é que, se já estamos aqui lendo este artigo, já passamos da fase de sermos analisados por uma pesquisa semelhante. Mas podemos estar, nesse momento, educando outras gerações de futuros adultos.

O que você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que você está dizendo. (Ralph Waldo Emerson)

Como queremos ser vistos hoje pelas crianças e pelo restante do mundo onde estamos inseridos? Isso inclui, certamente, o ambiente profissional!

O que podemos fazer por eles através do nosso exemplo?

Portanto, pense no seu dia a dia, se você consegue esperar para que algo aconteça! Para isso, a resiliência é a palavra de ordem!

*texto publicado, simultaneamente e em primeira mão, aqui e no LinkedIn de Valeria Oliveira.


O que você ganha quando contribui com a internet?

Por Valeria Oliveira

Tudo o que você publica nas redes sociais representa o que você é?

Quando você olha para essa questão, a resposta deve ser clara! Nossas postagens são a continuidade de tudo o que somos no mundo off line. Se você tiver consciência desse alinhamento, um universo incrível pode se abrir para você. E eu não estou falando só sobre autopromoção. Eu falo sobre ocupar um papel de construção da nossa sociedade. Falo sobre ser um "netizen"!

Se isso lhe pareceu um tanto quanto distante da sua realidade, saiba que que este conceito já está firmado na literatura e está mais próximo do que pensamos.

Há cinco diferentes perfis de usuários da internet, segundo a Forrester's Social Technographics e mencionada por Philip Kotler, no livro "Marketing 4.0":

-inativos, espectadores (apenas leem e assistem a conteúdos)

-participantes (mantêm e visitam páginas de mídias sociais)

-coletores (acrescentam tags às páginas da web e usam feed RSS)

-críticos (postam avaliações e comentários on-line)

-criadores (criam e publicam conteúdo on-line)

Desses, os três últimos compõem o chamado grupo dos tais"netizens", um neologismo criado pela combinação de "net" com "citizen" (cidadão em inglês). Até porque os outros "usuários" da internet, você já conhece melhor.

Segundo Kotler, os "netizens" são os verdadeiros cidadãos da democracia, pois querem estar envolvidos no desenvolvimento da internet, o que ajuda a toda a sociedade. São conectores sociais, que adoram compartilhar ideias entre si e contribuir com todos. Por isso, são ótimos advogados de marcas, defendendo de forma positiva uma empresa quando se comprometem com ela.

Acima de tudo, esse tipo de usuário é um produtor de conteúdos. Dessa forma, eles contribuem ativamente para o desenvolvimento da internet, facilitando a vida de outros usuários. Com isso, incentivam outras pessoas a se juntarem a esse movimento.

Depois de entender tudo isso, ficou fácil distinguir as pessoas na internet, não é?

Todos os papéis são legítimos, porém, os netizens tem um papel maior na sociedade. Ao perder a oportunidade de se posicionar como um verdadeiro cidadão da internet, as pessoas estão perdendo a chance de se projetarem no mundo com consciência. Se, a princípio, você pode pensar que isso é sinônimo de trabalhar de graça, verá que os ganhos são incalculáveis!

Na minha curta experiência aqui no LinkedIn, tenho conhecido pessoas tão incríveis, que agora, dominando esse conceito trazido por Kotler, tenho a certeza de que são representantes legítimos do grupo dos "netizens".

Para eles, a paixão pelo que fazem é tão grande que o maior reconhecimento é a certeza de que o conteúdo produzido será positivo para alguém. Saber que, pelo menos uma pessoa se beneficiou, ficou mais feliz é a grande recompensa. Mas tenha a certeza de que outros benefícios existem!

Eu mesma pude perceber isso tudo comigo. Em pouco mais de uma ano produzindo conteúdo, tive a oportunidade de viver experiências incríveis: aumento expressivo do meu networking, convite para trabalhos em parceria e, principalmente, o reconhecimento de pessoas que jamais pensaria encontrar! Sim, eu promovi mudança nas pessoas!

E tudo isso munida de uma única ferramenta: a minha verdade!

Todos nós temos algo a dizer e temos que acreditar que conseguimos!

Isso não tem a ver com rede social. É uma característica humana. Selecionei o trecho do filme Sociedade dos Poetas Mortos porque é isso que vemos no personagem Anderson. Muitas vezes, é preciso ser inspirado por alguém para que essa capacidade aflore!

Portanto, ser netizen é ter dedicação, é investir no futuro! No seu futuro e no das pessoas a sua volta.

E pode acreditar, eles vêm para mudar uma paradigma cultural e vêm fortalecidos pelas novas gerações que já lidam com mais naturalidade com o fato de que todos podem ganhar!

E quer saber? Aposto todas as fichas neles!

E agora me responda: O que você está esperando para ser um netizen?


Em 2019, revele ao mundo quem você realmente é

Por Valeria Oliveira

Você já parou para pensar que até a escolha de um restaurante revela muito sobre você? Todas as nossas ações vão deixando "pegadas" de quem somos e assim vamos construindo nossa identidade.

Somos resultado das nossas escolhas! Tenho certeza de que você já ouviu essa afirmação. Mas isso também se aplica para a nossa imagem! E é tão verdade, que aparece de diferentes formas em nossa vida, até mesmo na música.

Tenho uma relação muito estreita com ela! Cresci com música. Meu pai era um grande colecionador de discos. E minha mãe fez das letras uma forma de comunicação comigo! Ela sempre tinha uma que correspondia ao meu estado de espírito, e cantava como forma de dizer que sabia exatamente o que estava acontecendo comigo. E ela era boa nisso...

Tenho uma música que diz muito sobre como nos mostramos para o mundo, ainda que de forma inconsciente! E fiquei surpresa quando a ouvi. Foi logo no começo da minha carreira, gerando uma total conexão com a teoria usada por mim para explicar o trabalho da consultoria de imagem.

Registro aqui um trecho:

Me revelar

(Zélia Duncan)

Tudo aqui

Quer me revelar

Minha letra, minha roupa, meu paladar

O que eu não digo, o que eu afirmo

Onde eu gosto de ficar

Quando amanheço, quando me esqueço

Quando morro de medo do mar

Tudo aqui

Quer me revelar

Unhas roídas

Ausências, visitas

Cores na sala de estar (...)

E por que falar sobre isso agora, logo no final do ano?

Talvez para entrar na lista de metas para 2019!

Nunca foi tão necessário ficar atento ao que fazemos. Nunca estivemos tão expostos! E não falo isso de modo negativo, não. Façamos disso uma grande oportunidade!

É possível ter o controle de tudo isso e pensar estrategicamente que marca quero deixar no outro, o que dirão a meu respeito depois que eu sair. Ou, mais forte que isso, posso nem estar presente (ao vivo e a cores), mas as mídias vão dizer por mim o que eu quiser que elas digam!

É sair do piloto automático em que vivemos por falta de tempo!

Como consultora de imagem, sempre acompanhei esse processo e eventuais dificuldades dele em muita gente. E, dentro do meu escopo, eu ajudo todos que posso. Isso é feito traduzindo com você seus objetivos, seus propósitos, tendo em vista o meio em que você está inserido e criando o que chamamos de identidade visual. Ela é composta pela sua aparência, seu comportamento, que, uma vez compreendidos e direcionados, passam a ser sua nova comunicação com o mundo! Como num "RG", você passa a se apresentar para o mundo como você realmente é!

Que tal aceitar o convite para começar 2019 com foco total no conhecimento dessas habilidades? Se topar, tenho certeza de que você não vai escolher a música abaixo para representar quem você será no próximo ano:

Deixa a vida me levar,

vida leva eu!

(Zeca Pagodinho)

E já que o assunto é música, que tal escolher uma para nos inspirar a mudanças? Partilhe conosco em nossas redes sociais! 

Você tem medo de que?

Por Valeria Oliveira

O que impede você de inspirar pessoas, aqui nas redes sociais, com o que você sabe? Nossa experiência é nosso maior legado e podemos -e devemos- apresentá-la ao mundo. Nossa história pode ser um ponto de vista a mais, um conselho, um alerta e, até mesmo, uma solução para o outro. Ou simplesmente a chance de aproximar pessoas com pensamentos semelhantes.

Portanto, se nos privarmos disso, podemos perder muito!

Se tivermos que conversar pessoalmente com alguém conhecido, perfeito! Mas o que dizer sobre publicar vídeos ou escrever artigos para um grande público, formado também por desconhecidos? Por que parece tão difícil? Que emoções nos tomam na hora dessa exposição?

Alguém falou em medo?

Se você concorda, pode vir para o meu time! Muito medo, eu diria!

Mas, como na minha família temos uma frase que é praticamente um "grito de guerra" para nos ajudar a driblá-lo, estou aqui escrevendo mais uma vez para vocês.

"Está com medo? Vai com medo mesmo!"

Vocês não sabem quantas vezes eu ouvi essa frase diante dos desafios que surgiram à minha frente, pelo menos, nos últimos tempos! E não foram poucos, não!

Mas como eu sou o tipo de pessoa que precisa de resposta convincente para tudo o que acontece comigo e ao meu redor, tenho feito muitos questionamentos sobre esse "agente quase paralisador" chamado medo! E acreditem: encontrei muitas respostas.

Quero dividir com vocês a mais recente e que, até agora, me deixou num lugar mais confortável com relação ao tema.

Por que se expor é tão assustador?

Medo da vulnerabilidade! Foi essa a resposta que tive!

Medo daquilo que foge ao controle, principalmente quando pensamos na avaliação do outro!

Faz sentido para você?

O simples fato de que as ideias serão lançadas para o mundo ao escrever nas redes sociais é uma certeza de exposição. Se para todo veneno há sempre um antídoto capaz de neutralizar a ação do mesmo, sinto dizer que, nesse caso, isso não acontece!

O primeiro passo para lidar com esse sentimento tão dominador é acreditar que somos humanos e que esta condição não nos permite controlar tudo. Ou absolutamente nada!

Portanto, temos que ir mergulhados na vulnerabilidade mesmo!

Para que isso aconteça, é preciso não negar a existência dela! Elementos como senso de coragem, compaixão e conexão serão imprescindíveis para o acolhimento durante esse desafio. Ter a certeza de que a fala sai do coração, da verdade, que ser menos crítico consigo mesmo será o caminho. E, por último, acreditar que se é digno de merecimento das conexões que serão feitas a partir dessa atuação.

O trecho do vídeo de Brene Brown - O poder da vulnerabilidade ilustra isso tudo.

Pareceu mais fácil agora?

Um ano de transformação

Vou partilhar aqui um pouco da minha experiência nesse desafio que é escrever.

Há um ano, decidi que precisava estar presente nas mídias sociais, começando pelo LinkedIn. Fiz um planejamento inicial e tive o acompanhamento de um mentor. Ah, aposto que pensaram: então ficou fácil!

Nada disso! Vulnerabilidade não segue regras! Eram dois momento de exposição: primeiro com o mentor e todos os "ajustes" pertinentes ao novo desafio; depois, era a vez do público do LinkedIn.

Porém, mais do que contar a trajetória, quero contar os resultados obtidos com a produção dos artigos e posts. Foi incrivelmente surpreendente! A conexão com as pessoas é algo tão gratificante que você só quer fazer com que sua próxima publicação seja melhor. Passei a pensar nas pessoas que me davam um feedback sobre o que eu escrevia.

Entendi o verdadeiro significado da palavra propósito! Descobri que contribuir com o mundo tem um grande poder transformador em si só, e que não precisamos nos preocupar com o resultado disso. E esse é o momento em que estou.

Se minha história pode contribuir, eu afirmo que vale muito a pena escrever!

E digo mais:

  • Inspire-se. Compreenda o que te toca, o que te conecta com algo que você julga importante. Vale olhar ao redor, conversar com pessoas, ouvir uma música, assistir a um filme.
  • Comece com um texto curto (post) ou aventure-se num vídeo!
  • Só escreva sobre um conteúdo que você domine e acredite.
  • Escreva com coragem ( coragem = "coração em ação").

- Cuidado para não ficar só falando de si mesmo. Vender-se demais pode ter efeito contrário na construção da reputação.

Posso garantir que, se você for conhecido pelo que você é, as pessoas comprarão o que você faz!

E o que falta para começar? Adoraria ver muitos de vocês enviando links para que eu pudesse ler as publicações!

E, se já começaram, fica aqui os meu parabéns pela coragem!

Vamos enviar os links?

(Vocês podem se comunicar também comigo pelo face e instagram nas chamadas desta publicação e na minha página no LinkedIn valeriaboliveira)

Imagem Pessoal e Corporativa com Valeria Oliveira

Você não precisa da aprovação do outro

Por Valeria Oliveira

Será que você percebe todo o valor que já tem? É bastante comum que, enquanto alguém não nos diga como somos bons em alguma coisa, essa informação fique enterrada dentro de nós, como se não existisse. Mas não nos enganemos: isso já está lá! Você já passou por uma experiência de alguém lhe fazer um elogio pessoal ou profissional que chega a ser surpreendente?

A comunicação do que somos para o mundo é uma via de muitas mãos. Por um lado, precisamos aprender a comunicar corretamente nossa imagem para as outras pessoas, para passar a todos as mensagens que precisamos que sejam entendidas. Temos que sair da nossa zona de conforto de achar que todo mundo tem a obrigação de nos entender. Isso, aliás, foi o que abordei no meu artigo "Nem sempre o mundo vê você do jeito que você é".

Mas há também o outro lado. 

Também precisamos entender a leitura que os outros fazem de nós, e aprender com ela. A Dove, explorou muito bem esse conceito na campanha abaixo:

Mas por que não podemos fazer isso por nossos próprios meios? Será que temos sempre que depender do outro?

Vale mais quando o outro diz?

É interessante pensar que esse mecanismo de dependência da aprovação alheia acontece em diferentes âmbitos. O poeta Olavo Bilac contou, certa vez, uma experiência pessoal que teve com um amigo que lhe pediu ajuda para produzir um anúncio para vender um sítio. Bilac então escreveu:

"Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda."

Meses depois, ele encontrou novamente o amigo, que tinha desistido de vender a propriedade, que antes dizia só lhe dar trabalho e despesa. "Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía", disse o amigo.

Oras, a propriedade era exatamente a mesma que ele já tinha!

Por que precisamos que os outros nos digam que somos sítios onde cantam os pássaros no extenso arvoredo? Já pararam pra pensar quantas vezes precisamos que alguém nos descrevesse cenários nos quais estivemos inseridos e nem tínhamos dado conta do quanto eram positivos?

E o que dizer de outros tantas situações em que não tivemos a sorte de ter um "Olavo Bilac" diante de nós para nos fazer ver o lado positivo das coisas, das pessoas, de nós mesmos? E, por consequência, quantas histórias nossas poderiam ter outros finais? Talvez, mais felizes!

Um emprego ou a chance dele...

Uma amizade e seu fim...

Alguém da família com quem deixamos de conviver...

Um amor e seu desencantamento...

Quantos exemplos como esse poderíamos juntar aqui?

Mais importante ainda é o quanto deixamos de perceber como somos incrivelmente bons até que alguém nos diga

Nesses doze anos trabalhando com a Consultoria de Imagem Pessoal, tenho tido exemplos muito fortes do quanto nossa conversa com o espelho não é sincera! O quanto nos deixamos influenciar por ruídos externos que vão, gradativamente, embaçando nosso olhar sobre nossas qualidades.

E aqui está o ponto de partida para o futuro próspero, feliz! Se eu não acreditar nas minhas qualidades, como fazer para outros acreditarem?

Se eu tivesse que escrever um anúncio sobre mim, eu ficaria maravilhado com a pessoa que sou?

Tem dúvida?

Então, vamos lá:

  • Descreva suas melhores qualidades. Se estiver difícil acessá-las, pense nos elogios que já recebeu. Que características suas foram descritas neles?
  • Diga qual o principal motivo para estar aqui, agora, neste mundo. Ou, se preferir, qual seu propósito?
  • Explique porque você é uma pessoa que ninguém deveria perder a chance de conhecer.

Agora, leia! Mas leia em voz alta!

E então?! Parafraseando o amigo do poeta: - Percebeu a "maravilha que você possui" aí dentro de você?

Tenho certeza que sim! Este é o princípio de tudo!


Valeria Oliveira é consultora de imagem pessoal e corporativa de formação embasada por Ilana Berenholc; Dresscode; Styleworks Union Square Inc. e Creative Learning Institute. Desde 2006, trabalha como consultora de imagem, tendo participado da diretoria da AICI (Associação Internacional dos Consultores de Imagem) por sete anos, onde foi presidente de 2014 a 2016. (Conheça mais sobre a Valeria no final dessa página).

Cuidado com os "papagaios de pirata" na sua vida

Por Valeria Oliveira

Você já teve a sensação de estar vendo alguém querendo aparecer se apoiando no prestígio de outra pessoa? Talvez você possa ter pensado: "Bobagem minha! Essa pessoa só deve ser mais extrovertida. Ou talvez mais focada!"

Tomara que você tenha razão! Mas posso garantir que isso será mesmo uma exceção! Sim, as pessoas estão cada vez mais ousadas quando o assunto é se destacar publicamente, e, por isso, fazem de tudo para aparecer a qualquer custo!

Por que as pessoas fazem isso?

Posso parecer radical. Mas garanto que a proposta não é essa. Desde que a expressão capital relacional passou a figurar como vocábulo no universo corporativo, como fator imprescindível para a construção da reputação, o número de "alpinistas de banquinho" aumentou drasticamente.

Essa expressão surgiu no meio de uma conversa que tive com uma amiga. E vale ouvir a história. Para ilustrar essa fala, voltei no tempo em que alguns discursos importantes eram feitos reunindo pessoas numa praça e quem tinha a palavra era aquele que subia num caixote ou num banquinho. Encontrou algo parecido em seu imaginário?

Essa minha amiga é uma pessoa de reputação invejável e de grande visibilidade em sua área. Certo dia, questionou o porquê de algumas parcerias para projetos profissionais não tinham o êxito planejado. Foi aí que eu tive que explicar:

Parceria é quando uma ou mais pessoas se juntam para trabalhar propósitos comuns. Cada um traz o seu "banquinho", põe um do lado do outro, respeitando as devidas alturas e dividem o público que está na praça!

Porém, em alguns casos, só uma pessoa possui o banquinho! Para o outro, subir nele e ser visto mais alto, já é suficiente! Não é o resultado que importa, é mesmo a visibilidade momentânea!

Desde então, criamos um verdadeiro radar para detectar os tais "alpinistas de banquinho"!

Seria cômico se não fosse trágico!

Essas pessoas que buscam relacionamentos construídos como se tivessem que dar conta de uma lista em pouco tempo esquecem do que realmente importa.. Para que tenha os resultados esperados, é preciso que a impressão deixada seja positiva. Deve haver coerência e consistência. É mais importante o que fica depois que você vai embora do que o seu "selfie" tirado do banquinho do outro!

Não há nada de novo nisso! Isso sempre existiu! Talvez o discurso fosse menos frequente, porém, não menos eloquente! E hoje, com as redes sociais, tudo parece ser muito intenso e demasiadamente estratégico para atingir resultados grandiosos e rápidos.

Dando um exemplo pessoal, eu me lembro de ouvir de pessoas que conheceram meu pai se referirem a ele como um homem de bem.Ou quando, pela minha semelhança física com a minha mãe, alguém me dizia: "Conheço sua mãe, mulher de fibra está lá!"

Era algo mais natural, espontâneo. A diferença para o que vemos hoje nas redes sociais é justamente essa voracidade atual, quase uma estratégia de guerra para atingir os objetivos de cada um.

É como se os fins sempre justificassem os meios.

Como não cair nessa armadilha

É muito mais importante termos consistência e constância de pequenos atos positivos, em lugar de criarmos grande atos isolados para buscar esse capital relacional.

Não quero com essa minha fala banalizar a sua importância, que compõe a construção da reputação das pessoas e, consequentemente, de tudo que elas representam. Encontrei pouco literatura sobre o assunto que, sem dúvida será agregadora para pensarmos o tema de modo mais descritivo.

Mas que fique aqui a ideia de que é possível, sim, colher bons resultados nesse campo sem precisar ser inconveniente.

Então para eliminar possíveis mal entendidos, sugiro algumas boas práticas:

- Faça da construção do seu capital relacional uma rotina. Porque ela é mesmo! Não pode acontecer apenas quando você quer atingir um objetivo pontual. Pode estar acontecendo até quando você estiver distraído!

- Use as mídias sociais para se comunicar. Cuide dessa comunicação em tudo que você publicar.

- Participe de eventos que possam agregar e que você possa prestigiar os organizadores. Quem não é visto não é lembrado!

- Cuide para que você seja um bom ouvinte. E, se houver oportunidade, fale também! Você pode até "vender seu peixe", mas jamais "a peixaria" ou "o barco de pesca"! Calma! Cuide para não "subir no banquinho" de ninguém! Ainda que por descuido!

E, por último, seja você, com todo o cuidado e estando de acordo com a sua própria história. Porque:

"Aquilo que você é fala tão alto, que não posso ouvir o que está dizendo" - Ralph Waldo Emerson

Se você chegou até o final dessa leitura, é porque você é uma pessoa que se preocupa em criar uma boa imagem! Então, seguindo a ideia de compartilhar experiências para construir o seu capital relacional, conte para nós, nos comentários, casos interessantes como esses que você presenciou.

Por que o "problema do outro" também é seu problema

Por Valeria Oliveira

Imaginem um mundo onde a minha vontade de atingir meus objetivos somada ao conhecimento das técnicas de motivação fossem suficientes para garantir o sucesso nas relações interpessoais.

Todos nós poderíamos listar histórias nossas de problemas que quase foram solucionados: de um grande negócio que por muito pouco não foi fechado; uma venda que tinha tudo para dar certo; uma entrevista de trabalho que poderia ter resultado em contratação. Mas, como já se popularizou nas mídias: #soquenão.

Tantos títulos surgiram na literatura prometendo dar receitas para o conhecimento do outro. Tantas teorias, nas mais diversas áreas, nos fazem acreditar que dominar técnicas de conhecimento sobre o outro nos dará a segurança para atingir nosso maior objetivo, que é a comunicação eficaz. E não estou questionando a importância deles. Somente o enfoque, talvez!

Onde estaria a resposta para encontrarmos este cenário de verdadeiro encantamento entre os interlocutores que culminaria nos tais resultados positivos?

Sei que muitas pessoas estão em busca desta possibilidade de convivência porque continuam tentando. A clareza que tenho acerca deste raciocínio vem da minha observação constante e, sempre que possível, sem julgamentos, que tenho das pessoas ao meu redor! (Desculpe, às vezes julgo! Depois me arrependo... rsrsrs Sou humana!) Poderia citar muitos exemplos e, com certeza, teria os meus também, mas opto por este que é bem emblemático.

Há pouco mais de um ano, uma amiga me procurou dizendo que estava saindo de casa e terminando um casamento de anos! Minha reação inicialmente foi de espanto. Depois pedi inspiração aos céus (rsrsr) porque, se ela tinha vindo até mim, é porque precisava de uma palavra amiga.

Pedi a ela que me descrevesse o que tinha acontecido para o casamento chegar naquele estágio! Não que eu me sentisse capaz de resolver o problema. Mas acreditei que, se ela ouvisse a si mesma, já poderia bastar.

Disse a ela que, caso seu marido me procurasse, tentaria conversar com ele também!

Foi o que aconteceu! E para minha maior surpresa, a fala dos dois foi a mesma. Sim! Cada um deles listou inúmeros defeitos do outro. Nenhum deles sequer pensou que alguns daqueles itens de insatisfação poderia ser responsabilidade de si próprio.

Fico sempre com a sensação que estamos vivendo num grande jogo de tênis, onde o objetivo diante da bola recebida é só pensar num modo mais perfeito e rápido de lançá-la de volta para o adversário! Sem a menor ideia se cada um poderá ser surpreendido pelo final do jogo!

As pessoas não estão fazendo isto para ganhar. É instinto de defesa. É mais fácil se esconder e, por que não dizer, se proteger atrás do defeito do outro! É um álibi perfeito na cultura! É histórico...

Nossa sociedade dá mais escudos do que forma guerreiros!

Não dá pra continuar assim! Vejo um desejo muito forte nas pessoas de querer acertar... Porque, neste caso, o melhor resultado do jogo será o empate!

Na nossa cultura, a atenção dada ao desenvolvimento, ao amadurecimento do emocional é insignificante se comparada aos cuidados com o desenvolvimento físico e intelectual. E eu diria seguramente que, até mesmo à espiritualidade é dado maior estímulo.

Na minha prática como mentora, num determinado momento do processo de desenvolvimento dos "gaps" das pessoas, respondemos a esta pergunta: 

"O que nem sabemos que não sabemos?"

E assim podemos dizer que, neste caso, para muitos de nós, o desconhecido é, sim, a falta de compreensão e controle sobre nossas emoções acrescida da falta de conhecimento desta verdade!

De nada adiantará tantas estratégias para abordagem do outro, se não tiver pensado em como eu reagirei diante do imprevisível, do inusitado, do que foge ao controle. E, apesar de termos em mente um script ideal de comunicação, não é assim que acontece. O processo é simultâneo. Não há um momento em que eu congele a câmera para pensar como responder ou reagir. Esse é um tema que já tratei no meu artigo Sua aparência pessoal pode lhe abrir muitas portas (leia aqui). Por isso, vamos olhar mais para o nosso "jogo" como um grande técnico de nós mesmos! E compreender que ganha quem for capaz de alinhar seu interno, suas emoções.

Já pensou em escrever? Liste coisas que te incomodam no outro. E esse "outro" pode ser marido, esposa, filhos, chefe, alguém do seu ciclo de amizade. Agora releia e diga o que de tudo isto é de sua responsabilidade e poderia ser resolvido por você mesmo. Lembre-se de que somente o controle das suas ações está com você! E isto será determinante quando o que está em jogo é nosso posicionamento no mundo!

Ah, e quanto ao casal de amigos que mencionei, assumiram a responsabilidade do que cabia a cada um, e continuam juntos! À espera de novos desafios!

O que você ganha quando o mundo descobre quem você é

Por Valeria Oliveira

A imagem que você está passando para o mundo está de acordo com o que você é? E mais do que isto: você tem controle sobre esta mensagem? Os ganhos são incalculáveis quando essas perguntas começam a ser respondidas.

Uma boa maneira de saber se tenho ou não controle dessa situação é perguntarmos para algumas pessoas próximas a nós, de preferência de núcleos diferentes, quais adjetivos usariam para nos descrever. E, se esta pergunta lhe parece um pouco estranha, saiba que isto acontece inúmeras vezes em nossa vida sem que, ao menos, saibamos que palavras foram usadas. Isto porque nosso olhar é capaz de registrar em segundos a imagem das pessoas e a partir daí criar e o conceito que fazemos delas. É a famosa "primeira impressão".

Não importa se você está numa festa, no seu ambiente de trabalho ou no supermercado. Sempre haverá pessoas nos "fotografando mentalmente" e tirando conclusões sobre quem somos a partir da nossa imagem, e que, dificilmente, serão substituídas por outra, ainda que dados reais sejam inseridos. (falei isso no meu artigo A aparência pode lhe abrir muitas portas.....)

Zélia Duncan tem uma música intitulada Me revelar, cuja letra diz muito sobre isso:

Tudo aqui

Quer me revelar

Minha letra, minha roupa, meu paladar

O que eu não digo, o que eu afirmo

Onde eu gosto de ficar (...)

Estamos sempre comunicando alguma coisa. E até quando digo que não me preocupo com isso, posso estar dizendo exatamente "Não estou nem aí para minha imagem!"

Seja o dono da sua imagem

Como ter o controle da nossa imagem? Como posso alinhar aquilo que sou, que sinto, que acredito com o que está sendo visto por mim?

É mesmo uma jornada de autoconhecimento. Um filósofo estóico chamado Epicteto disse por volta do ano 50d.C.:

"Primeiro saiba quem você é; depois enfeite-se de acordo."

Eu costumo dizer aos meus alunos de consultoria de imagem que nossa profissão poderia ter nascido aí. Sim, porque nosso trabalho tem este propósito: alinhar sua imagem a quem você é. É fazer um descritivo a partir do seu interno: quem você é, quem você quer ser ou precisa mostrar para o mundo.

O filme "Amor a Toda Prova" aborda os incríveis resultados que uma pessoa pode ter quando assume o controle de sua própria vida. No filme, o protagonista passar por um profundo processo de autoconhecimento, que muda a sua apresentação para o mundo.

No filme, o personagem Cal Weaver (Steve Carell) encontrou uma "fada madrinha meio às avessas" Jacob Palmer (Ryan Gosling), que fez um trabalho de mudança da identidade visual para lá de rude (mas isso é uma licença poética do filme). Na vida real, evidentemente, a coisa é diferente. Quem contratar o trabalho de consultoria de imagem terá que passar por algumas etapas até ver sua imagem coerente com seus objetivos.

Primeiramente é preciso saber que as mudanças serão resultados de escolhas do cliente. Em, pelo menos, dois encontros tudo o que for trabalhado nos questionários, atividades e nas conversas, tem o objetivo claro de coletar e organizar todas as informações relacionadas ao desejo do cliente com relação a sua imagem. Ainda que elas não pareçam tão óbvias para o cliente.

Depois temos o momento das informações técnicas: precisaremos saber quais serão as melhores opções para vestir nosso cliente. Quais as melhores peças de vestuário e acessórios de acordo com seu tipo físico e estilo escolhido...

Com tudo isso feito, é hora de apresentar a Identidade Visual do cliente. elementos que comporão a nova imagem serão apresentados e, só depois de o cliente concordar, passamos à parte mais empolgante: buscar esses elementos no armário e, se necessário, ir às compras. Em pouco tempo, as orientações de como se apresentar estarão nas mãos do cliente, com exemplos de possibilidades de incorporar todo esse processo.

E não acaba aí! O cliente ficará um mês vivenciando tudo isso e depois faremos uma nova avaliação. Um material de apoio será entregue para firmar os conceitos da nova imagem.

A consultoria de imagem, portanto, não se restringe a atuar na superfície do indivíduo. Ela trabalha, de forma coerente e consistente, aspectos estéticos e comportamentais que traduzem as suas intenções de como se apresentar ao seu contexto. É um facilitador da própria vida.

Dessa forma, a imagem refletida no espelho deve ser o retrato fiel do que você acredita ser e que o coloque livre de julgamentos próprios, que lhe dê a segurança necessária para atingir seus objetivos, seus propósitos.

Imagem Pessoal e Corporativa

Esse é o artigo que Valeria escolheu para que vocês a conheçam!

Sua aparência pessoal pode lhe abrir muitas portas

Por Valeria Oliveira

Não há como negar a importância da aparência pessoal! É nossa primeira forma de comunicação! E sem que tenhamos chance de interferir, explicar ou justificar o porquê das nossas escolhas relacionadas à aparência, somos escaneados pelo olhar do outro, e está sacramentada a primeira impressão. E ela poderá dizer coisas equivocadas a nosso respeito! Por outro lado, podemos usar esta forma de apresentação com o mundo, fazendo da nossa imagem a melhor tradução de nós mesmos. Você acredita estar cuidando da sua imagem adequadamente? Sabe como fazer isto?

As teorias são unânimes em dizer que basta uma fração de segundo para que uma primeira impressão seja formada! Isto mesmo: o tempo de um flash fotográfico, e pronto! Está formada no cérebro do outro o registro da nossa identidade!

Pesquisas apresentadas no Congresso Anual de Psicologia dos Estados Unidos ( correiobraziliense.com.br)explicam que o poder que a primeira impressão causa é tão grande, que, mesmo depois de conhecidos fatos que possam mudar este primeiro conceito sobre a pessoa, o cérebro resiste muito! E neste mundo tão visual, vamos exercitando com uma velocidade cada vez maior a construção do que acreditamos ser o outro. Isso abre a possibilidade de sermos injustos ou injustiçados! Poderíamos dar rumos diferentes à história se não fosse nosso olhar ligeiro sobre a estética do outro como sinônimo de conhecimento do todo.

Parece difícil de acreditar, mas até em "O Pequeno Príncipe" (sim, aquele livro que em algum momento da vida, já lemos), encontramos um relato do preconceito a partir de suas roupas. Dá pra acreditar?

Quando o autor explica para os leitores a origem do Pequeno Príncipe, menciona o planeta de onde supostamente ele teria vindo. Na história, ele é descoberto por um astrônomo turco, que, em um primeiro momento, encontrou dificuldades para ser ouvido, porque usava seus trajes típicos. E somente quando "vestido numa elegante casaca", suas ideias foram bem recebidas pelo Congresso de Astronomia!

A primeira impressão é a que fica!

E se parece tão óbvio a ponto desta frase estar tão presente em nosso dia a dia, por que esta estética é, muitas vezes, tão desconectada da imagem real? Por que esta aparência fotografada pelo cérebro do interlocutor não traduz a verdade daquele que está sendo visto?

Eu poderia dar algumas explicações.

O mundo cada vez mais acelerado não permite ritualização do vestir. Com o tempo escasso e o número de compromissos crescente, muitas vezes, ao sair para esse embate diário, não paramos pra pensar que a roupa que cobre o corpo é a mesma que diz quem somos!

Outra possibilidade seria seguir os modelos midiáticos de beleza. E aí inclui-se modo de vestir e tudo mais que o lifestyle do suposto ícone! Não precisamos refletir, só copiar! Sim! Porque tudo que é tendência, é fashion e acaba sendo sinônimo de beleza e verdade!

Mas o que mais me preocupa é esta ideia que, por vezes unilateral, nos faz acreditar que estar preparado para interagir com o outro é saber dos mecanismos neurais de convencimento.É usar as ferramentas corretas para impactar meu interlocutor. O problema é que, neste mesmo instante, ele já formou uma opinião sobre você. Antes mesmo de você ousar abrir a boca.

É preciso entender que, mais do que moda, roupa é intenção, é tradução. E tradução bem feita é mensagem compreendida! E como se fazer entender?

Um filósofo estóico chamado Epitecto deu esta resposta muito antes do "selfie" virar moda. Por volta do ano 50d.C., ele disse: "Primeiro saiba quem você é; depois enfeite-se de acordo."

Eu costumo dizer aos meus alunos de Mentoria e Supervisão de Atendimentos que foi neste momento que a necessidade da nossa profissão se criou. Sim, é este o trabalho do Consultor de Imagem: trazer à tonaatributos que compõem a imagem do cliente e traduzi-las, primeiramente, na aparência, para ajudar na sua comunicação com o mundo!

Portanto, antes de fazer sua escolha ao vestir-se, pense! E por que não dizer anote? Sim, descreva pra você mesmo quais palavras você gostaria de ver registradas no cérebro do seu interlocutor. As roupas que você escolher devem estar de acordo com essas palavras. Ajude o outro a interpretar você melhor, para que a situação vivida pelo turco do "Pequeno Príncipe" não se repita na sua vida.


Valeria Oliveira é consultora de imagem pessoal e corporativa de formação embasada por Ilana Berenholc; Dresscode; Styleworks Union Square Inc. e Creative Learning Institute.

 Educadora, trabalhou como professora de língua portuguesa. Posteriormente, atuou como diretora de RH. 

Desde 2006, trabalha como consultora de imagem, tendo participado da diretoria da AICI (Associação Internacional dos Consultores de Imagem) por sete anos, onde foi presidente de 2014 a 2016. 

Sua experiência como educadora, na área de RH e a atuação na AICI permitiram evoluir sua paixão pela comunicação. Como resultado temos uma metodologia de trabalho para que homens e mulheres possam se apresentar para o mundo, alinhando sua imagem a seus propósitos, formatada em atendimentos individuais, palestras e workshops. Auxilia ainda, profissionais de consultoria de imagem, através de Mentoria e Supervisão de Atendimento.  Contatos: Instagram: valeriaboliveira linkedin: valeriaboliveira (ref.:AICI)



Esse é o artigo que nós escolhemos ao conhecer o trabalho dessa profissional e apresentar a vocês!

Não se deixe enganar: elegância verdadeira não sai na foto

Por Valeria Oliveira

Você acha que está muito difícil viver em um mundo em que as pessoas criam imagens que não correspondem ao que elas são, mas essas imagens apresentam uma "elegância" e "refinamento" que não lhes pertence?

Pois elegância não é só o uso de elementos para deixar alguém mais bonito, mas também algo que transcende o visual, passando pelo seu posicionamento perante a vida, seus valores e sua ética.

A consultora Bia Kawasaki traz uma definição interessante de elegância em seu livro "Dresscode - O impacto da imagem pessoal nos negócios", que reflete essa ideia: "Quem é uma pessoa verdadeiramente elegante? Quais são os modos de agir ou de vestir-se de quem compartilha essa qualidade?

A palavra elegância é atraente. Não é possível defini-la, este é seu mistério. É intangível, radica nas pessoas (...)

Para analisar a elegância devemos mergulhar no núcleo mais íntimo de uma pessoa, em sua alma, onde emergem as diversas virtualidades configuradoras da elegância.

A elegância tem muito mais a ver com a riqueza interior do que com o caimento impecável de algumas peças de vestuário. Em que consiste essa força interior capaz de envernizar com brilho substancial toda uma personalidade? Será que o bem, a verdade e a beleza têm algo a ver com esta luz de incalculável valor que reflete em determinadas pessoas, tornando-as especialmente atraentes?"

Mas seria toda essa sutileza compreendida pelas pessoas que vêem no outro a elegância? E o que dizer daqueles que realmente acreditam estar vivendo num conceito tal qual o descrito, só porque possuem um status de Luiz XVI - o Rei Sol, apresentando-se com todo o brilho que a moda pode oferecer. Até que ponto isso se sustenta?

Quando falamos em aparência dentro da consultoria de imagem, descrevemos a pessoa como resultado de uma construção: sua identidade visual. É preciso que elementos (que vão do estético ao ético) sejam reunidos para justificar uma aparência coerente com a essência de cada um. E como podemos saber que as informações obtidas são mesmo parte integrante do interno de cada pessoa? Através da consistência dessa imagem! Sim, aquela certeza de que onde estiver a pessoa em questão, suas atitudes vão reforçar o que ela aparenta ser numa primeira impressão.

Então, sabemos que, se ficarmos atentos, o comportamento vai trair a bela estética que hoje é reforçada por esse excessivo apelo visual das redes sociais.

E que a idolatria motivada apenas pelas "alegorias" nas redes sociais pode se transformar em desapontamento, ao perceber a maneira como essas pessoas transitam pelo mundo.

E trazendo uma frase bastante conhecida:

"Você pode enganar muitas pessoas por pouco tempo, pode enganar algumas pessoas por muito tempo, mas não pode enganar todo mundo o tempo todo." (Abraham Lincoln)

E, por acreditar que este mundo precisa de pessoas com valores éticos, é que devemos buscar essa elegância em todos com quem nos relacionamos. Que busquemos sempre aqueles que não escondem seu vazio sob "vestes douradas" e redes sociais repletas de imagens "fakes".

Que o brilho das pessoas não seja percebido pelo número de flashes que ela recebe ou mesmo se impõe através do selfies e, sim, pela "luz de incalculável valor" que emana do conteúdo que se sobrepõe a qualquer holofote.

Agora ficou mais fácil identificar pessoas elegantes? Elas podem ser encontradas até mesmo em lugares onde o luxo não aparece, tornando a elegância democrática. E isso é mesmo um grande ganho para todos nós!

Pensando por esse ângulo, concluímos que posso estar ao lado de uma pessoa elegante agora e ela pode nunca ter sido uma celebridade ou alguém com muito dinheiro.

Então, me diga agora: Quem você descreveria dentro do seu universo como pessoa elegante?